A dor sempre será algo ruim?
É claro que a dor é muito desagradável para todos. Porém, é um sinal muito importante para qualquer animal! Afinal, é graças a ela que podemos identificar quando algo está errado no nosso corpo. Por exemplo, quando encostamos o dedo em algo muito quente, o nosso primeiro reflexo é tirar rapidamente, pois isso traz uma sensação ruim.
Se não fosse pela dor, o nosso dedo ficaria lá, até resultar em um machucado muito maior. Portanto, a finalidade da dor é nos avisar da presença de coisas que podem acabar nos machucando, ou prejudicando a nossa saúde de alguma forma.
Existem pessoas que não sentem dor. E acredite, isso não é algo bom! Essa insensibilidade à dor é rara, e pode ser congênita ou não. É uma condição que prejudica bastante a qualidade de vida do indivíduo, já que ele terá dificuldade para identificar qualquer anomalia no seu próprio organismo, trazendo sérios riscos.
Como seria viver sem sentir dor?
Algumas condições raras fazem com que o indivíduo seja incapaz de apresentar dor. Pessoas que vivem com isso se machucam com muito mais facilidade, já que não interrompem quando fazem algo que as machuca (como no exemplo do dedo em um objeto quente), e não aprendem que certas atitudes devem ser evitadas, principalmente na infância.
Imagine uma criança que, quando está sentada em uma cadeira, por exemplo, fica brincando de se inclinar para trás. Logo, os pais avisam para ela parar com isso, pois pode se machucar. O normal é que a criança não dê ouvidos, não é mesmo? Porém, quando ela acabar caindo para trás e se machucando, aprenderá a evitar comportamentos como esse. Pois não deseja se machucar e sentir dor novamente.
Já a criança que possui alguma condição que a impede de sentir dor, não verá problema caso caia da cadeira. Afinal, ela não sente nada, mesmo que tenha se machucado. Mas é claro que, o fato dela não ter sentido dor, não significa que a queda não tenha trazido consequências negativas para o seu bem-estar. E é aí que mora o perigo.
É possível ter uma noção de como é viver sem sentir dor quando saímos do dentista com a boca anestesiada. Nessa situação, devemos evitar comer, já que poderíamos morder a língua ou o lábio sem perceber. Pois mesmo não percebendo, nós nos machucamos.
O perigo da insensibilidade à dor, além de não conseguir identificar quando algo está nos machucando, é não conseguir identificar sinais do organismo relacionados a doenças ou problemas de saúde. Por exemplo: uma mulher que sofre com endometriose (condição inflamatória causada pelo crescimento anormal das células do endométrio fora do útero), e ainda não sabe que possui a doença, tende a procurar um médico quando começa a sentir cólicas menstruais muito fortes, um dos sintomas mais comuns da condição. Logo, o diagnóstico é realizado.
Nesse caso, foi aquela dor anormal que a “avisou” que algo não estava certo. E, caso não sentisse aquela dor, poderia passar a vida inteira sem desconfiar que é portadora da condição. Logo, não consultaria um médico para reportar o problema, e não receberia um tratamento. E, quando a endometriose não é tratada, pode até mesmo levar à morte.
Esse foi apenas um exemplo de diversas doenças que possuem como principal sintoma a dor. Quando o paciente é insensível a dor, ele não sabe identificar anomalias, impedindo o diagnóstico de condições que ele possa ter. Portanto, quem possui essa insensibilidade ao sintoma, tem que estar sempre realizando diversos exames para se certificar de que está tudo certo, já que por conta própria, não consegue identificar sinais básicos do próprio corpo.
A dor é importante!
A dor é fundamental, afinal, é ela que nos avisa quando algo não vai bem. É uma sensação desagradável, mas que possui uma finalidade fundamental. Ela alerta o indivíduo para a necessidade de assistência médica, e quando o indivíduo procura um médico, ele tem acesso a tratamentos que poderão melhorar significativamente a sua qualidade de vida.
Portanto, a dor é considerada o quinto sinal vital, apesar de gerar sofrimento ao indivíduo. É uma das grandes preocupações da humanidade desde o início da civilização. Mas a dor traz uma preocupação necessária com o nosso próprio organismo.
Além disso, dores inexplicáveis podem estar relacionadas com problemas psicológicos. A dor está presente de forma mais intensa em pacientes com transtornos psiquiátricos, como ansiedade e depressão. Por isso, ela nos chama a atenção não apenas para aspectos físicos, mas emocionais também. Sentir a dor é essencial para entender a si mesmo, e os nossos próprios sentimentos.
Nem todos sentem a dor da mesma maneira
Atualmente, diversos estudos e pesquisas científicas mostram que a sensação de dor varia de acordo com fatores culturais, emocionais, de idade, gênero ou até religião dos pacientes. As mulheres relatam mais dor em comparação aos homens, e procuram auxílio médico com maior frequência, além de utilizar analgésicos em maior quantidade.
É claro que isso possui diversas explicações, e a uma delas diz respeito às questões hormonais. Mulheres sentem cólicas menstruais, e estão mais suscetíveis a diversas doenças que possuem a dor como um dos principais sintomas. Portanto, é normal que elas relatem mais a sensação do que os homens.
Mas isso nos chama a atenção para uma discussão importante. Muitas vezes, os homens deixam de relatar dores não por apresentarem o sintoma com uma frequência menor, mas sim por questões culturais e estereótipos, que fazem com que eles verbalizem menos a condição.
E isso é um comportamento extremamente prejudicial. Afinal, a dor existe por um motivo, que é nos avisar quando algo não vai bem. Ignorar esse sintoma pode trazer consequências sérias ao nosso bem-estar, e por isso, é essencial consultar um médico quando estiver sentindo dores intensas e frequentes.
A dor deve fazer parte da nossa rotina?
Como explicamos acima, a dor é uma sensação importantíssima, e viver sendo incapaz de senti-la é algo negativo e prejudicial. Mas, isso não significa que devemos conviver com a dor no nosso dia a dia. Pois apesar da sua importância, é um sinal completamente desagradável.
Por isso, é importante ter em mente que é essencial buscar auxílio médico quando o indivíduo está sofrendo com uma dor crônica. Pois, além de poder chegar até um diagnóstico mais específico, o profissional poderá indicar um plano de tratamento, para que ocorra o alívio do sintoma.
A dor crônica é aquela que persiste por mais de 3 meses, se tornando um sintoma comum no dia a dia do indivíduo. As dores crônicas apresentam níveis de intensidade diferentes, mas todas têm algo em comum: são recorrentes.
Viver sentindo dores, além de ser algo desagradável, também é prejudicial principalmente para a nossa saúde mental. E isso pode contribuir também para o desenvolvimento da depressão. Indivíduos que sofrem com dores crônicas tendem a se isolar cada vez mais, e não ter disposição e energia para realizar atividades simples, resultando no sedentarismo.
Ou seja, apesar da importância da dor, ninguém deveria se acostumar com ela. Por isso, caso esteja presenciando sintomas dolorosos constantemente, consulte um médico especializado em dor. Ele irá prescrever medicamentos eficazes para o alívio do sintoma e a melhora na qualidade de vida.
O que faz um médico especializado em dor?
Um médico especializado em dor possui treinamento especial em avaliação, diagnóstico e tratamento de todos os tipos diferentes de dor. Ele é capaz de realizar a prescrição adequada para o alívio do sintoma, melhorando a qualidade de vida do paciente.
As dores são alertas do organismo, com a finalidade de manter a sua integridade. A dor aguda é aquela que surge de repente, e possui duração limitada. Ela alerta o indivíduo sobre alguma lesão ou disfunção em seu organismo, como as provocadas por cortes, queimaduras, quedas ou cólicas.
Já as dores crônicas não contam mais com essa função de alerta. São dores contínuas, que persistem independente da continuidade do evento inicial. E o médico especializado em dor é aquele que consegue identificar a origem da dor crônica, e proporcionar a melhor solução, para que o paciente volte a ter mais energia e disposição para a realização das atividades de rotina, livre de incômodos.
Como ele já possui ampla experiência em diferentes casos de dores crônicas, ele pode chegar a conclusões melhores sobre o caso de cada paciente.
Em conclusão, sentir a dor é essencial para a nossa sobrevivência e para preservar o nosso organismo. Sem ela, não teríamos muita noção do que é prejudicial ao nosso próprio corpo. Porém, não é saudável conviver com dores. Por isso, caso esteja passando por dores crônicas, agende uma consulta com um médico especialista na área.
É essencial entender melhor a causa do sintoma, e o que deve ser feito para impedir que ele continue atrapalhando a sua rotina.