Dor na coluna: já ouviu falar da Artrose Facetária?

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As vértebras da coluna possuem articulações que as ligam umas às outras e permitem que elas sem movimentem entre sí, dando a mobilidade necessária para realizações de atividades cotidianas.  O desgaste nessas articulações da coluna é chamado de artrose facetária, ou artrose da coluna. A artrose facetária é uma doença com fatores de risco muito semelhantes às artroses de joelho, quadril, por exemplo. No entanto, ela acomete as articulações das vértebras. Aqui você pode saber mais sobre as artroses do quadril e dos joelhos.

 

A artrose facetária pode ocorrer em toda a extensão da coluna vertebral, pois as articulações facetárias estão presentes desde a região cervical até a lombar. Mas é mais comum que isso ocorra na coluna lombar inferior. É uma condição mais comum em indivíduos de terceira idade.

 

Causas

 

  • Envelhecimento;
  • Histórico familiar;
  • Má postura;
  • Fraqueza na musculatura do tronco;
  • Escoliose;
  • Fraturas e traumas na região;
  • Osteoporose;
  • Alterações reumatológicas;
  • Obesidade;
  • Atividades esportivas muito intensas;

 

Para a prevenção da artrose facetária, é recomendado prestar atenção na postura durante o dia, e realizar os exercícios físicos de forma correta, de preferência com o acompanhamento de um profissional da educação física. Caso o indivíduo realize esportes, uma boa ideia é realizar a fisioterapia esportiva, a fim de prevenir lesões.

 

A melhor prevenção é a manutenção de hábitos saudáveis de rotina, principalmente a realização de atividades físicas. Mas é importante se atentar para não exagerar nos exercícios, pois isso pode causar a sobrecarga na coluna.

 

Mas é importante lembrar que não há nenhuma forma de prevenção garantida. Afinal, a artrose facetária pode surgir por causa da idade avançada, ou simplesmente por uma propensão individual.

 

Sintomas

 

Os sintomas costumam ser mais intensos dependendo do grau de evolução da condição, e também de outros fatores como a região afetada e o comportamento da hipertrofia óssea. Pois o excesso de tecido ósseo pode causar uma compressão neurológica, nos nervos ou na medula.

 

Alguns pacientes são assintomáticos, dependendo do seu caso clínico. O que pode dificultar um pouco o diagnóstico.

 

Os sintomas mais comuns relatados na artrose facetária são:

 

  • Dor com a movimentação;
  • Dor na região do pescoço;
  • Dor na lombar;
  • Limitação na movimentação da coluna;

 

Já a compressão por hipertrofia óssea mencionada acima, gera os seguintes sintomas:

 

  • A dor se irradia para os braços e pernas;
  • Dor ciática (ao longo do nervo ciático);

 

Também pode gerar o surgimento da mielopatia, uma doença que ocorre justamente devido a compressão da medula espinhal causada por mudanças degenerativas sofridas pela coluna com o envelhecimento. É a doença degenerativa medular mais comum no público de terceira idade.

 

Caso esteja apresentando sintomas, consulte um médico para realizar um diagnóstico mais específico, e então, dar início ao tratamento para garantir o alívio dos sintomas.

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico é realizado através da análise dos sintomas e exame físico realizado pelo médico. Para confirmar a suspeita, é pedido exame como tomografia ou ressonância da coluna. O exame vai confirmar a alteração e informar em quais vértebras ela é mais importante. O exame também pode ser uma ferramenta de controle do tratamento como acompanhamento da estenose. A ressonância é um exame mais acurado, com melhor visualização de tecidos moles e melhor definição, enquanto a tomografia é melhor na visualização das partes ósseas.

 

Desenvolvimento da artrose facetária

 

Quando pensamos em dor na coluna, geralmente vem na cabeça aquela imagem de uma dor aguda e intensa, ou até o travamento da coluna, impedindo a realização das atividades de rotina do paciente. Porém, a dor de coluna presente na artrose facetária costuma se manifestar de uma forma mais lenta e gradativa.

 

Geralmente, este sintoma melhora e piora de forma repentina, podendo até sumir por um tempo, e depois retornar novamente. Assim como também existem momentos de crise, de dor intensa ou até travamento da coluna, o que costuma preocupar bastante o paciente.

 

E é exatamente por isso que ocorre a hipertrofia óssea. A artrose facetária se manifesta e desenvolve de forma gradativa, e com o passar dos anos, ocorre uma modificação na região da coluna, e naturalmente, o corpo começa a buscar formas de melhorar a sua sustentação. E o crescimento ósseo é uma dessas formas. As vértebras produzem esse crescimento como forma de melhorar a sustentação colunar.

 

O ideal é que, assim que o paciente começar a sentir dores na coluna, que vão e voltam, melhoram por um período e depois ocorre uma crise… ele já procure o médico o quanto antes. Afinal, conviver com dores não é nem um pouco confortável, e um diagnóstico precoce pode melhorar o efeito do tratamento e aliviar os sintomas, causando uma significativa melhora na qualidade de vida do paciente.

 

Com o envelhecimento, as dores na coluna se tornam cada vez mais comuns. Mas não negligencie o sintoma apenas por ser algo comum. Todos os tipos de dores devem ser analisadas por um profissional da saúde, para tratamento adequado evitar complicações futuras.

 

Tipos de artrose na coluna

 

Outro ponto importante a ser lembrado, é que existem vários tipos de artrose na coluna. Conheça dois tipos:

 

  • Artrose cervical. Acomete as vértebras da coluna cervical, a parte superior da coluna, uma região próxima ao pescoço. Mas é importante não confundir a dor da artrose cervical com dores musculares, pois o tratamento para cada uma é bem diferente.
  • Artrose lombar. A artrose lombar é a mais comum de todas entre os pacientes que sofrem com a condição. É causada pela degeneração das articulações das vértebras lombares, normalmente causada pela postura incorreta por longos períodos, de uma forma crônica. Esportes que necessitam de muito esforço na região lombar também podem facilitar o desenvolvimento desse tipo de artrose, pois causam uma sobrecarga.

 

Tratamento

 

É importante informar que artroses em geral são desgastes nas articulações que podem sofrer episódios de inflamação com piora dos sintomas e até se tornar crônico. Como doença de desgaste, não existe cura, mas o tratamento pode aliviar os sintomas, melhorando a qualidade de vida do paciente, para que ele leve uma vida praticamente normal. O tratamento pode retardar o desenvolvimento da artrose facetária mais grave, principalmente por meio da fisioterapia e a realização de atividades físicas.

 

O tratamento adequado vai depender da região afetada e do estágio de desenvolvimento da artrose em cada paciente. É realizado por profissionais especializados, e o tratamento conservador é o mais comum, e geralmente funciona para grande parte dos pacientes.

 

Conheça os tratamentos mais comuns para a artrose facetária:

 

Medicamentos

 

O tratamento inicial (conservador) é realizado com a utilização dos medicamentos. São usados anti-inflamatórios para aliviar o sintoma da dor, medicamentos condroprotetores para proteger a articulação e retardar a progressão da doença, analgésicos e relaxantes musculares, entre diversos outros medicamentos que podem ser prescritos pelo médico responsável. Ele avaliará cada caso para realizar a prescrição mais adequada. Afinal, cada paciente possui necessidades diferentes e pode reagir de maneira distinta com a utilização de medicamentos.

 

É essencial lembrar que o paciente não deve, em nenhuma circunstância, se automedicar. Pois a utilização do medicamento inadequado, além de não ajudar no tratamento, pode piorar ainda mais o quadro da artrose facetária. Por isso, utilizar medicamentos por conta própria é muito perigoso. Essa recomendação deve ser realizada apenas pelo profissional da saúde.

 

Fisioterapia

 

A fisioterapia é essencial para o tratamento da doença, principalmente em conjunto com os medicamentos. Ela consegue retardar ou impedir a progressão da doença, aliviar as dores na coluna e facilitar a movimentação do paciente, evitando o sintoma da paralisia da coluna. Dessa forma, garante uma melhor qualidade de vida para o paciente, que começa a ter um estilo de vida praticamente normal!

 

São utilizadas técnicas de correção postural, fortalecimento muscular, alongamentos, entre diversas outras. Além dos recursos como o ultrassom e a eletroterapia, que auxiliam no tratamento do paciente em momentos de crise.

 

Procedimentos minimamente invasivos

 

Quando a dor é incapacitante ao ponto de impedir o paciente de realizar suas atividades, os procedimentos minimamente invasivos são muito bem-vindos. Eles são capazes de tratar a artrose facetária sem a necessidade de uma cirurgia. Não comprometem nenhuma parte do corpo e nem causam efeitos colaterais, e possibilitam a retomada das atividades diárias.

 

Esses procedimentos são realizados através da inserção de agulhas, com um monitoramento de raio X ou ultrassom em tempo real, para que o medicamento seja colocado diretamente na região da dor. O paciente fica acordado durante esse processo.

 

Existem diversas outras formas de procedimentos minimamente invasivos, que podem ser recomendados pelo médico de acordo com o caso do paciente. E após a sua realização, o paciente pode voltar às suas atividades normais imediatamente, pois os procedimentos não possuem efeitos colaterais.

 

A denervação por radiofrequência também é um ótimo tratamento minimamente invasivo, que consiste na dessensibilização do nervo que recebe a informação de dor da articulação da coluna. Dessa forma, a dor causada pela artrose facetária não será mais sentida pelo paciente.

 

Cirurgia

 

Em casos mais graves, há a necessidade da realização da cirurgia. Ela geralmente é feita quando há um grave processo de degeneração e deformidade articular afetando os nervos. O tratamento cirúrgico sempre deve vir em último caso, e deve ser realizado apenas com uma recomendação médica.

 

No pós-operatório, é essencial que o paciente continue realizando tratamentos medicamentosos e fisioterapêuticos, para garantir o melhor resultado, e evitar que os sintomas voltem a aparecer. Converse com o médico para saber quais medidas devem ser tomadas após a cirurgia.

 

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