Qual é a Relação do Cigarro com as Dores Crônicas?

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Você sabia que o tabagismo é considerado uma doença crônica pela Organização Mundial da Saúde? Além disso, ele está relacionado com inúmeras doenças, e alguns tipos de câncer. O fumo é um hábito extremamente prejudicial para a saúde, já que os fumantes estão constantemente expostos a 4.700 substâncias nocivas. Também é comprovado que o cigarro possui uma relação direta com as dores crônicas. Acompanhe a leitura para entender melhor:

 

Relação do tabagismo com as dores crônicas

 

Os malefícios do cigarro já são bastante conhecidos pelos fumantes, mas o que poucos sabem, é que ele está relacionado com dores crônicas em todo o corpo. A Escola de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern realizou uma pesquisa abordando a forma que o tabagismo afeta o cérebro. 

 

E, segundo o principal autor do estudo, o cientista Bogdan Petre, o tabagismo é responsável por tornar as pessoas menos resistentes à dor, principalmente a dor crônica nas costas. Além disso, os fumantes têm muito mais chance de acabar tendo dorsalgia do que os não fumantes.

 

Foi realizada uma ressonância magnética em indivíduos que concordaram em participar da pesquisa, e foi descoberto que duas regiões do cérebro, o núcleo accumbens e o córtex pré-frontal medial, interagem entre si, e dependendo da intensidade da conexão, é possível determinar os indivíduos que passarão pela dor crônica.

 

A pesquisa comprovou que há uma forte relação entre a dependência em cigarro e a dor crônica. Alguns participantes da pesquisa até mesmo decidiram parar de fumar após se dar conta dos malefícios desse hábito, e passaram a registrar um aumento significativo na resistência à dor. 

 

E é por isso que os fumantes que sofrem com dores crônicas, quando tomam medicamentos como antiinflamatórios, há um alívio da dor, mas bem pequeno. Afinal, os medicamentos, nesse caso, não são capazes de diminuir a atividade percebida entre as regiões do cérebro mencionadas acima. 

 

Além de causar dores crônicas, o hábito do fumo também pode agravar os sintomas de quem já sofria com dores crônicas anteriormente. A nicotina presente no tabaco pode induzir o corpo a uma sensação de alívio no começo, já que ele desencadeia a liberação de diversas substâncias químicas, como a dopamina, que traz a sensação de recompensa satisfatória.

 

E é justamente por isso que o fumo vicia. Porém, a longo prazo, o hábito do fumo passa a prejudicar o fornecimento do sangue rico em oxigênio aos ossos e tecidos, causando degeneração especialmente nos discos da coluna e das articulações, que naturalmente, já contam com um fluxo sanguíneo limitado. Dessa forma, ocorre a piora da inflamação.

 

Principais malefícios do cigarro

 

Além do agravamento das dores crônicas, o cigarro também gera diversas outras consequências a nossa saúde. Confira os principais:

 

 

  • Aumento do risco de câncer

 

 

Os fumantes têm uma chance muito maior de desenvolver diversos tipos de câncer, em comparação aos não fumantes. Afinal, 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem pelo tabagismo! Portanto, quanto maior for o consumo de cigarros diários, maior será a chance de acabar desenvolvendo a doença.

 

O câncer é uma doença agressiva e que causa uma grande quantidade de mortes, mas que pode ser evitada deixando de lado o hábito do fumo. As substâncias tóxicas existentes no cigarro não impactam negativamente apenas os pulmões. Os fumantes possuem um maior risco de desenvolver diversos outros tipos de câncer, como: de boca, traquéia, faringe e laringe, esôfago, pâncreas, rins, fígado, bexiga, estômago, colo do útero, entre outros.

 

 

  • É prejudicial não apenas para os fumantes, mas também para aqueles que estão ao seu redor

 

 

Engana-se quem pensa que, alimentando o vício do fumo, está prejudicando apenas a própria saúde. Afinal, quem convive com fumantes em casa, no trabalho ou em outros ambientes também é prejudicado, e pode acabar desenvolvendo doenças por causa da exposição à fumaça do cigarro.

 

A fumaça liberada no fumo apresenta, aproximadamente, um teor 3 vezes maior de nicotina e monóxido de carbono, e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o próprio fumante inala! Portanto, largado o vício, você também está protegendo a saúde dos seus familiares, amigos e até mesmo colegas de trabalho.

 

Indivíduos expostos a essa fumaça, mesmo que por um curto período, podem apresentar sintomas como alergias com tosse, rinite, asma e conjuntivite. E aqueles que são expostos a essa fumaça por longos períodos tem uma chance maior de desenvolver patologias ainda mais graves, como câncer de pulmão, problemas respiratórios e cardíacos, como o infarto.

 

O risco torna-se ainda maior quando trata-se de crianças ou gestantes expostas a essa fumaça. 

 

 

  • Redução da expectativa de vida

 

 

O hábito do fumo também reduz a expectativa de vida dos fumantes. Eles chegam a perder 10 anos de vida em comparação com indivíduos que não fumam. Mas, felizmente, é possível reverter (ao menos parcialmente) esse quadro largando o vício. Se você parar de fumar aos 30 anos, ganha cerca de 10 anos em expectativa de vida, diminuindo o risco de morte prematura.

 

Largado o hábito com 50 anos, ganha cerca de 6 anos em expectativa de vida, e com 60 anos, ganha cerca de 3 anos. Por isso, busque imediatamente um tratamento de tabagismo para conseguir largar o vício o mais rápido possível, além de ter muito mais qualidade de vida!

 

 

  • Provoca o envelhecimento precoce

 

 

Os fumantes ficam com uma aparência envelhecida muito mais cedo em comparação aos não fumantes, já que o tabagismo provoca problemas dermatológicos, como o surgimento de rugas, além do ressecamento e amarelamento da pele. A queda de cabelo também é um sintoma muito comum.

 

E isso ocorre porque as substâncias tóxicas presentes no cigarro, como já explicado ao longo do conteúdo, resultam na diminuição da circulação sanguínea em diversas regiões, inclusive na pele, um processo chamado de vasoconstrição. Dessa forma, ocorre a redução de colágeno e elastina, fibras importantíssimas responsáveis por garantir a firmeza da pele.

 

 

  • Traz problemas na gestação

 

 

Uma gestante com o hábito de fumo pode colocar em risco até mesmo a saúde e vida do bebê em risco, já que as substâncias tóxicas do tabaco comprometem a chegada de oxigênio e nutrientes importantes para o feto. Também pode resultar no nascimento prematuro do bebê, com baixo peso ou até a síndrome da morte súbita, que acontece um pouco depois do bebê nascer.

 

Para que o bebê nasça saudável, é imprescindível largar o tabagismo ainda no início da gravidez, já que ele traz consequências irreparáveis.

 

 

  • Prejudica a saúde bucal

 

 

Todos sabem que o tabagismo é um hábito terrível para a saúde bucal, já que traz problemas nos dentes e nas gengivas. Ele deixa o sorriso muito mais amarelado, além de deixar um constante mau hálito e alterações no paladar. Os fumantes também estão mais propensos a sofrer com infecções nas gengivas e nas estruturas de sustentação dos dentes.

 

E, quando não tratados de maneira adequada, esses problemas podem levar a perdas dentárias, que inclusive, são muito mais comuns do que imaginamos. Afinal, o tabagismo compromete o sistema imunológico, o que dificulta bastante o combate às bactérias causadoras das doenças. 

 

Dificulta também uma boa cicatrização da gengiva, o que interfere nos resultados dos tratamentos de saúde bucal. Portanto, só busque tratamento após largar o vício!

 

Busque tratamento

 

Os fumantes que sofrem com dores crônicas não devem buscar inicialmente o tratamento para a dor em si, mas sim para o tabagismo, já que ele é um dos principais responsáveis pelo sintoma. Como explicado acima, o uso de medicamentos não é tão eficiente quando o indivíduo continua alimentando o hábito do fumo.

 

Buscar por um tratamento para o tabagismo, além de reduzir significativamente as dores crônicas, também diminui as chances do desenvolvimento de diversos tipos de câncer, além de doenças pulmonares e cardíacas. 

 

Quem larga o vício, além de aumentar a expectativa de vida, também aumenta significativamente a qualidade de vida. O fumo traz a sensação constante de fadiga, impactando diretamente nas atividades do dia a dia, além de dificultar bastante a prática de atividades físicas.

 

Após algum período sem fumar, o indivíduo começa a perceber uma sensação maior de bem-estar, além de ganhar muito mais disposição para as tarefas diárias. A circulação sanguínea melhora, a função pulmonar aumenta, e até mesmo a pele começa a rejuvenescer e apresentar uma aparência muito mais saudável!

 

É claro que, nos primeiros dias após largar o vício, o indivíduo pode apresentar muita dificuldade, e sentir bastante falta do cigarro. Mas é necessário passar por essa fase para poder desfrutar dos benefícios que virão a longo prazo.

 

Após largar o vício, se as dores crônicas persistirem, está na hora de buscar um tratamento mais específico contra o sintoma da dor. Os medicamentos passarão a fazer mais efeito, já que o tabagismo não será mais um empecilho. Converse com o seu médico de confiança para entender qual plano de tratamento pode funcionar melhor para você.

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