Quais as Dores Mais Comuns em Mulheres?

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Atualmente, é comprovado que as mulheres sentem mais dor em comparação aos homens. Um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Medicina de Stanford mostrou que as mulheres avaliam a dor de uma forma mais intensa, e os autores dessa pesquisa analisaram 160 mil registros eletrônicos. Portanto, é um fato que mulheres e homens experienciam a dor de maneiras diferentes.

 

Uma pesquisa brasileira com 1000 mulheres de todas as regiões do país mostra que 23% delas acreditam que convivem com a dor, algo que atrapalha bastante a sua qualidade de vida e bem-estar. Mas a pergunta é: por que as mulheres sentem mais dor do que os homens? E quais são as dores mais comuns enfrentadas pelo sexo feminino?

 

Acompanhe a leitura para entender melhor sobre o assunto.

 

Por que as mulheres sentem mais dor?

 

A resposta para essa pergunta, na verdade, é bem simples. As mulheres são expostas a mais situações dolorosas durante a sua vida. Como as cólicas menstruais, que estão presentes mês após mês, a dor do parto, entre diversas outras situações incômodas que geram o sintoma da dor.

 

Além disso, o sexo feminino está mais sujeito a sofrer com condições que geram dores crônicas, como a fibromialgia, por exemplo. A fibromialgia é uma condição conhecida justamente pelas suas dores intensas em todo o corpo, além de outros sintomas desagradáveis como a fadiga, alterações no sono, alterações no humor…

 

Trata-se de uma doença bastante comum, que afeta mais de 4% da população. Uma informação impressionante é que, dos indivíduos acometidos pela fibromialgia, 90% são mulheres! Ainda não há uma explicação científica para que possamos entender por que as mulheres estão mais sujeitas a sofrer com a condição.

 

Outra condição causadora de dores crônicas que se desenvolve com mais facilidade em mulheres é a osteoporose. A explicação para esse fator é que, a partir da menopausa, os níveis de estrogênio diminuem significativamente nas mulheres, o que resulta em um enfraquecimento ósseo, aumentando as chances do desenvolvimento da doença. 

 

A osteoporose possui como um dos principais sintomas as dores nas costas, pescoço e quadril, além da diminuição da força de preensão, e deformidades na coluna. Ela afeta mais de 200 milhões de mulheres no mundo, contribuindo para as queixas cada vez mais comuns de dor entre o sexo feminino.

 

Outras condições que afetam mais o público de sexo feminino são: lúpus eritematoso sistémico, infecção urinária, doença celíaca, doenças sexualmente transmissíveis. A depressão também é mais prevalente em mulheres, e está fortemente relacionada a dores físicas. Funciona como uma via de mão dupla: indivíduos com depressão tendem a apresentar mais dores crônicas, e indivíduos que sofrem com as dores crônicas estão mais suscetíveis à depressão.

 

Por isso, as mulheres são submetidas a mais situações dolorosas ao longo de sua vida. 

 

Quais são as dores mais comuns em mulheres?

 

Na pesquisa brasileira citada acima, que revela que 23% das mulheres no país acreditam conviver com a dor, foi feita a pergunta para as entrevistadas “Quais são as principais dores que você sente?” e as principais respostas foram a cólica menstrual (76%) e a dor de cabeça (75%), entre as principais causas dos incômodos femininos.

 

As dores de cabeça são muito mais comuns em mulheres do que em homens, e apesar de não haver comprovação científica, os especialistas acreditam que a razão desse problema esteja relacionada ao equilíbrio hormonal da mulher.

 

Já as mulheres donas de casa e que cuidam de filhos, se queixam mais a respeito da dor na lombar que impossibilita de agachar para brincar com os filhos, dor cervical que atrapalha na hora de pegar o filho no colo, e dor na coluna que impede de trabalhar e arrumar a casa. 

 

Algumas dessas dores possuem causas bem definidas, como o sedentarismo, o trabalho com postura mantida (ficar horas sentada ou horas em pé), dormir mal, cansaço e estresse. São problemas comuns no dia a dia das mulheres que trabalham, cuidam da casa e têm filhos. É por isso que é importante prestar bastante atenção nestes sintomas, e realizar alterações na rotina a fim de diminuir o problema.

 

Outras causas comuns das dores nas mulheres, principalmente na região da coluna, são o uso de salto alto e o peso da bolsa. Quanto ao salto alto, muitas mulheres o utilizam por achar bonito, ou até mesmo por adequações no trabalho. O problema do seu uso frequente é que o salto alto concentra o peso da mulher apenas na ponta do pé, duplicando a carga que os ossos da região são capazes de suportar, resultando na dor.

 

Já o excesso de peso da bolsa pode provocar uma série de problemas além da dor, por ser extremamente prejudicial à postura corporal. O carregamento de peso excessivo nas costas ou em um dos ombros prejudica a musculatura lombar, coluna, pescoço, ombros, braços e quadril.

 

Quando devo começar a desconfiar das dores?

 

Conviver com as dores não é normal. A dor nunca deve ser parte da rotina da mulher e nem dos homens, e deve ser tratada e combatida. Por isso, se a dor já se tornou comum no seu dia a dia, marque uma avaliação com o seu médico de confiança para que você possa entender melhor o que está acontecendo.

 

Mas, de forma alguma, negligencie o sintoma por achar que não é nada realmente sério. As dores podem estar relacionadas ao desenvolvimento de condições prejudiciais à nossa saúde, enfatizando a importância de procurar auxílio médico.

 

Uma das dores mais reportadas pelo público feminino, como vimos acima, é a cólica menstrual. A cólica é uma dor comum, presente no período menstrual da grande maioria das mulheres, principalmente na fase da puberdade, onde ela pode ser mais intensa. Mas é importante ficar muito atento à intensidade da dor!

 

Ao contrário do que muitas mulheres pensam, não é normal sentir aquela cólica intensa que te impede de realizar as atividades do dia a dia, gera a sensação de fadiga, ânsia de vômito, tonturas ou desmaios. Portanto, se você apresenta esses sintomas, pode ser um sinal de endometriose ou outras condições como miomas, pólipos ou inflamações pélvicas. Converse com o seu ginecologista para que ele possa te ajudar a entender melhor o que está acontecendo.

 

O que é endometriose?

 

A endometriose trata-se de uma condição inflamatória, onde o tecido que normalmente reveste o útero, cresce fora dele. É uma doença que afeta milhares de mulheres, e infelizmente, grande parte dessas mulheres não estão cientes que possuem a condição. Apenas no Brasil, ocorrem em média 2 milhões de casos por ano. 

 

Os sintomas mais comuns são a cólica menstrual muito intensa, que gera fadiga, ânsia de vômito, desmaios e atrapalha a realização de atividades de rotina no período em que a mulher está menstruada. É claro que nem todas as mulheres apresentam todos os sintomas descritos acima, mas se você apresenta uma cólica muito intensa todos os meses (ou na maioria), deve procurar auxílio médico para avaliar a possibilidade de ser portadora da endometriose.

 

Outro sintoma bastante comum é a irregularidade menstrual, que também é um sintoma de várias outras condições, dificultando o diagnóstico da endometriose. A condição não tem cura, mas é possível realizar o tratamento para aliviar cada vez mais os sintomas, e conquistar uma melhor qualidade de vida.

 

Para um melhor entendimento do que é a endometriose: o útero é revestido de um tecido afetado diretamente pelos hormônios. Conforme o ciclo menstrual da mulher, esse tecido, chamado de endométrio, engrossa a sua espessura e é expelido pelo corpo, um processo natural. É o endométrio quem permite que o óvulo se instale para poder ser fecundado pelo espermatozoide, gerando a gravidez.

 

A endometriose acontece quando esse tecido começa a crescer fora do útero, em regiões de cavidade abdominal, como os ovários e a bexiga. E é por isso que a endometriose é conhecida por ser uma doença tão dolorosa e incômoda. Ela normalmente é diagnosticada após os 20 anos de idade, mas pode ocorrer antes mesmo da menina ter a sua primeira menstruação.

 

Como evitar conviver com dores?

 

A melhor forma de acabar com as dores é buscando auxílio médico para descobrir a sua origem e dar início ao melhor plano de tratamento. Mas, existem hábitos de rotina saudáveis que podem te ajudar no alívio dos sintomas. Como:

 

  • A realização de atividades físicas frequente: as atividades físicas são uma das melhores formas existentes de reduzir o sintoma da dor, já que fortalecem o seu condicionamento físico, musculatura e flexibilidade, além de promover a produção de hormônios e neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem estar.
  • Manutenção de uma dieta saudável: os alimentos que consumimos no dia a dia interferem diretamente no sintoma da dor, por isso, invista em alimentos ricos em nutrientes, e anti-inflamatórios, para reduzir cada vez mais a intensidade das dores.
  • Utilização de medicamentos prescritos pelo seu médico de confiança. O tratamento medicamentoso é uma excelente forma de acabar com o sintoma da dor. Mas nunca se automedique, pois isso pode acabar agravando os sintomas.
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