O que pode causar dores no pescoço?

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A dor no pescoço é comum, e em grande parte dos casos, não há motivo para preocupação. Isso ocorre, geralmente, devido a tensão nos músculos após trabalhar no computador por muito tempo, dormir mal, ser exposto a uma corrente de ar frio, entre outros. Apesar de que, em alguns casos, não há uma causa clara.

 

O normal é que a dor desapareça em cerca de 2 semanas. Ela pode retornar em algumas ocasiões, como após o trabalho ou atividades físicas mais intensas. Caso os sintomas durem mais de 3 meses, a dor já passa a ser considerada crônica. A dor crônica é aquela que passa a fazer parte do dia a dia do indivíduo, podendo o atrapalhar até mesmo na realização das atividades de rotina.

 

Um dos principais fatores que levam a esse quadro é o estresse psicológico. Mas, antes de qualquer coisa, é necessário identificar qual tipo de dor no pescoço você está presenciando. A dor axial é aquela que afeta principalmente a região da coluna que pertence ao pescoço (coluna cervical), e em alguns casos se espalha para os ombros.

 

Já o outro tipo de dor, a dor radicular, é aquela que irradia ao longo dos nervos. Por exemplo, sobe pela nuca, ou desce para algum dos braços. Ela geralmente ocorre por causa de nervos irritados, devido a pressão causada pela alteração de um dos discos da coluna vertebral. Esse tipo de dor também pode acabar afetando os reflexos do braço, e alterando a força muscular. A sensação de formigamento também é bastante comum.

 

Acompanhe a leitura para entender quais são as causas da dor no pescoço, e como aliviar o sintoma.

 

Quando procurar um médico?

 

Como explicado acima, a dor no pescoço é um sintoma comum, e que em grande parte das vezes, não há motivos para preocupação. Mas o atendimento médico é necessário se ocorrer alguma das situações abaixo:

 

  • Após um acidente
  • Perda de controle da bexiga ou intestino
  • Torcicolo
  • Dor de cabeça em conjunto com náuseas, vômito, tontura ou sensibilidade à luz
  • Dor constante, independentemente do indivíduo estar em repouso ou em movimento
  • Febre ou calafrios
  • Perda de peso sem uma causa clara
  • Sinais de paralisia, como dificuldade na movimentação dos braços, pernas ou dedos
  • Dificuldade de se equilibrar enquanto caminha

 

Caso tenha se identificado com alguma das situações descritas acima, agende uma consulta com o seu médico de confiança o quanto antes.

 

Causas da dor no pescoço

 

A dor no pescoço pode ter diversas causas, que incluem:

 

  • Músculos do pescoço tensos ou sobrecarregados. Isso pode ocorrer após ficar sentado numa mesa por um longo período de tempo, principalmente com a postura inadequada, ou trabalhar com atividades que envolvem inclinar demais a cabeça para trás, como pintar o teto;
  • Desgaste da coluna cervical. Isso ocorre quando os discos vertebrais tornam-se mais achatados, e começam a surgir pequenos crescimentos ósseos nas bordas dos corpos vertebrais. Essa condição é chamada de osteocondrose, e ela pode acabar dificultando a movimentação do pescoço, mas a dor em si é um sintoma mais raro;
  • Lesão cervical;
  • Hérnia de disco;
  • Condições inflamatórias;
  • Problemas nas articulações da mandíbula;
  • Dores de cabeça muito intensas;

 

É importante ressaltar que nem sempre a dor no pescoço possui uma causa clara. Nesses casos, os médicos se referem ao sintoma como dor inespecífica. Pode ser bem difícil determinar o que causou a dor no pescoço após ela se tornar crônica.

 

Como aliviar o sintoma?

 

É comum que pacientes que sofrem com dores crônicas evitem a realização de atividades físicas, por imaginar que elas podem piorar o sintoma. Mas não há motivos para preocupação, já que se manter ativo, além de melhorar o condicionamento físico, também resulta no alívio das dores.

 

Mas é importante prestar atenção nos sinais do seu corpo enquanto pratica exercícios físicos. Caso a dor se intensifique, pare a atividade imediatamente. Alguns pacientes, devido ao seu condicionamento físico, podem não estar aptos para determinados exercícios. É importante sempre conversar com o seu médico de confiança antes de dar início a qualquer atividade física.

 

Além disso, a realização incorreta das atividades físicas, além de intensificar a dor, também pode acabar gerando lesões. Por isso, caso esteja há algum tempo parado, procure começar devagar, evitando atividades mais intensas, e sempre contar com o acompanhamento de um educador físico.

 

Levantar pesos muito altos, acima da sua capacidade física, também pode acabar agravando o sintoma da dor. Dessa forma, as atividades físicas são altamente recomendadas para pacientes que sofrem com dores crônicas, mas é preciso realizá-las com conforto e segurança para obter resultados positivos. 

 

Aquecer a região afetada pelo sintoma com bolsa térmica ou almofada também é uma excelente maneira de aliviar a dor, apesar de não funcionar em alguns casos de dores mais intensas, onde é necessário entrar com um plano de tratamento mais “agressivo”. 

 

Tratamento

 

Confira os principais tipos de tratamento para a dor no pescoço:

 

Fisioterapia

 

A fisioterapia é uma excelente aliada para o alívio de dores crônicas em qualquer parte do corpo. Existem diversos recursos terapêuticos presentes na prática que atuam inibindo a sensação de dor, reduzindo significativamente a tensão nos músculos, uma das principais causas para a dor no pescoço.

 

Além disso, a fisioterapia pode auxiliar na movimentação da área afetada, se tornando uma excelente opção para pacientes afetados pela dificuldade na movimentação do pescoço. Ela relaxa os músculos e permite que o indivíduo se movimente mais livremente.

 

O tratamento fisioterápico promove a melhora do condicionamento físico do indivíduo, fazendo com que ele se sinta mais disposto para as atividades do dia a dia. Além de tratar e prevenir as dores crônicas, o tratamento também previne diversas condições e doenças crônicas que podem ser responsáveis pelas dores crônicas.

 

Sem contar que a fisioterapia previne lesões durante a prática de atividades físicas, já que torna o músculo muito mais resistente. Após algumas sessões, o paciente já nota uma grande melhora na sua postura, o que é excelente, já que a má postura é uma das principais causadoras das dores no pescoço. Por fim, a fisioterapia também proporciona uma maior qualidade de sono ao paciente, evitando o estresse, que também é um dos principais causadores do sintoma.

 

Medicamentos

 

Para a dor no pescoço, normalmente, são utilizados analgésicos e relaxantes musculares. O profissional da saúde entra com um plano de tratamento medicamentoso para observar a melhora do paciente a longo prazo. Mas é importante deixar claro que apenas um médico pode recomendar medicamentos.

 

Se automedicar nunca é uma boa ideia, já que a utilização dos medicamentos incorretos pode acabar agravando ainda mais o sintoma, além de gerar diversas outras consequências negativas. Sempre use os medicamentos recomendados pelo médico, na sua dose e frequência adequadas.

 

Caso ache que o tratamento não está sendo eficiente, e a dor no pescoço persiste da mesma maneira, converse com o seu médico de confiança, para que ele possa entrar com outro plano de tratamento. Para ajudá-lo, sempre forneça o máximo de informações possíveis sobre a sua dor e os seus hábitos de rotina, para que ele possa entender melhor o que pode estar causando o sintoma.

 

O indicado é manter um diário da dor, onde você anota informações importantes, como: em qual período do dia o sintoma se apresenta? O que, normalmente, desencadeia o sintoma? Qual é a sua intensidade? Quais alterações foram percebidas após o início do tratamento medicamentoso?

 

Preste atenção em tudo isso, pois são informações que ajudarão o seu médico de confiança a entrar com o plano de tratamento mais eficiente. E, na próxima consulta, leve todas essas anotações para que vocês possam comentar sobre as descobertas.

 

Cirurgia

 

O plano de tratamento para a dor crônica no pescoço também pode incluir a cirurgia. Mas ela só deve ser considerada em último caso, quando nenhum outro tratamento pareceu funcionar para o alívio da dor. Além disso, ela apenas pode ser realizada quando uma causa clara for encontrada, e o procedimento realmente puder ajudar.

 

Quem dirá se a cirurgia de fato é a melhor opção, é o seu médico de confiança. Ela pode ser uma boa opção, por exemplo, quando o tecido do disco vertebral está comprimido, ou “beliscando” um nervo. Os discos desfeitos normalmente apresentam uma melhora por conta própria, mas quando isso não ocorre, a cirurgia pode ser considerada.

 

Mas, primeiramente, é necessário conversar com o médico e avaliar as vantagens e desvantagens da cirurgia, além dos seus riscos. Todas as cirurgias oferecem riscos, e é importante analisar se realmente valeria a pena prosseguir com o procedimento. 

 

As dores crônicas, dependendo da sua intensidade, podem atrapalhar bastante a rotina do indivíduo, podendo fazer com que ele se sinta estressado, ou até mesmo acabe se isolando, pela sensação de impotência diante de uma dor muito forte. E é por isso que a cirurgia é escolhida em diversos casos. Para acabar com o sintoma de uma vez por todas, devolvendo o bem-estar e a qualidade de vida do paciente, para que ele consiga retornar às suas atividades normalmente sem incômodos.

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