Você já ouviu falar em Dor Miofascial?

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A dor miofascial é uma condição dolorosa na musculatura, que ocorre em alguns pontos de tensão, também chamados de pontos gatilhos. Eles geram a chamada dor referida, uma tensão em determinado ponto gatilho que pode resultar em uma dor irradiada para a face, e também para a cabeça. Portanto, nem sempre a dor se restringe a apenas uma região do corpo.

Ela pode ocorrer em pacientes com articulação temporomandibular normal, e é causada por uma tensão muscular, fadiga ou espasmos nos músculos mastigatórios. É o distúrbio mais comum que afeta a região temporomandibular, e é mais comum em mulheres, por volta da menopausa. Mas pode afetar pacientes de qualquer gênero ou faixa etária. Tanto a dor quanto os pontos de gatilho podem ser causados por alguns comportamentos

parafuncionais, como o bruxismo durante o sono ou desperto. Mas as causas para a síndrome são diversas. É claro que a síndrome não se restringe apenas aos músculos da mastigação, já que pode afetar qualquer região do corpo. Mas é mais comum que afete os músculos do pescoço, ombros e costas. Acompanhe a leitura para entender mais sobre a síndrome dolorosa miofascial, os seus sintomas, diagnóstico, tratamento, causas e prevenção!

 

Sintomas

 

Os sintomas mais frequentes são a dor e a sensibilidade nos músculos mastigatórios, e também a limitação dos movimentos mandibulares. Assim como o bruxismo, a respiração irregular durante o sono (como apneia obstrutiva do sono e síndrome de resistência das vias respiratórias superiores) também está relacionada com a dor, que costuma ser mais intensa durante a manhã, diminuindo lentamente com o passar do dia.

A dor miofascial pode se restringir a uma área específica. Você pode sentir dor apenas no ombro direito e no lado direito do pescoço. De uma forma mais resumida, os sintomas são:

 

  • Rigidez muscular
  • Fadiga
  • Insônia
  • Enxaqueca

 

  • Anormalidades posturais
  • Limitação dos movimentos mandibulares

 

Caso esteja apresentando os sintomas, procure um médico de confiança para iniciar o diagnóstico. Entenda como o diagnóstico da síndrome funciona:

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico da síndrome da dor miofascial é realizado com uma avaliação clínica, e às vezes, uma polissonografia. Além disso, existem alguns testes simples que podem ser realizados para auxiliar no diagnóstico. Um deles é: posicionar duas ou três espátulas linguais entre os molares traseiros em cada lado da boca, e pedir para que o paciente a feche lentamente. Isso promove um aumento do espaço articular, aliviando os sintomas. As radiografias não costumam auxiliar muito, mas podem ser realizadas para descartar a

possibilidade de artrite. A polissonografia é recomendada em casos de suspeita de distúrbios respiratórios do sono. Portanto, não existem exames de imagens ou de laboratório que possam diagnosticar a síndrome da dor miofascial, mas uma avaliação clínica completa pode incluir:

 

  • Exames de imagem para descartar a possibilidade de outras condições
  • Exame físico no qual o médico estimula regiões musculares tensas que geram a dor
  • Exame visual para detectar anormalidades posturais

O médico responsável também fará perguntas sobre a frequência e intensidade da dor, quando ela começou e como ela costuma se apresentar no dia a dia. E também, se há fatores que a tornam melhor ou pior. Também terão perguntas sobre atividades repetitivas ou lesões recentes, que possam ser a causa da dor. Por isso, preste atenção na forma como os sintomas se apresentam, para que possa facilitar o diagnóstico apresentando um “relatório” mais completo.

 

Tratamento

 

O tratamento para a dor miofascial costuma ser baseado em analgésicos moderados, aparelhos orais, uso de ansiolíticos na hora de dormir, e injeções em pontos de gatilho. Além de algumas modalidades de fisioterapia.

 

Aparelhos orais feitos por dentistas podem prevenir que os dentes se arrastem, reduzindo os danos causados pelo bruxismo. Já que o bruxismo é uma causa bastante comum para a síndrome. Sem contar que há diversos protetores bucais moldáveis por calor vendidos sem prescrição médica, vendidos por drogarias ou lojas de artigos esportivos. Eles devem ser

utilizados apenas em curto prazo. Quanto aos medicamentos recomendados, benzodiazepínicos em baixas doses antes de dormir são eficazes para o alívio temporário dos sintomas. Para relaxar os músculos, a

ciclobenzapina é indicada. Para pacientes com distúrbios de sono associados, como a apneia do sono, são indicados ansiolíticos e relaxantes musculares, mas com bastante cautela. Afinal, o seu uso excessivo pode resultar na piora da condição.

São indicados analgésicos leves, como o paracetamol. Já os opióides devem ser evitados a todo custo, pelo fato de se tratar de uma condição crônica. Em certos casos de dor crônica, os antidepressivos também podem ter bastante utilidade. Mas é importante lembrar que o paciente não deve, em condição alguma, se automedicar. Deve-se apenas fazer o uso de medicamentos prescritos por um profissional da saúde, com a dose e a frequência indicada.

A automedicação, além de não auxiliar em nada, pode resultar na piora dos sintomas. Por isso, siga apenas as recomendações do seu médico de confiança. Além do tratamento medicamentoso, grande parte dos tratamentos para a síndrome estão mais focados nos pontos de gatilho. Incluindo o laser frio, agulhamento seco, injeções, estimulação elétrica, massagem, alongamento e ultrassom. Converse com o seu médico para entender qual prática pode funcionar para você. Alterações na dieta também podem ajudar bastante, reduzindo a inflamação, e logo, reduzindo a dor. Também é recomendada a prática de fisioterapia, acupuntura e a aplicação de calor na região afetada. No geral, é importantíssimo que o paciente realize uma

modificação de comportamento para promover o alívio dos sintomas. Como começar a praticar atividades físicas, melhorar a postura e o hábito de sono, entre outros.

 

No geral, os pacientes portadores da síndrome da dor miofascial, mesmo se não tratados, apresentam uma redução ou cessação dos sintomas em 6 a 12 meses. O tratamento pode fazer com que a recuperação seja mais acelerada, e o processo seja menos incômodo.

 

Como ocorre o processo da formação da dor miofascial?

 

O músculo, em condições saudáveis, contrai e relaxa. Já na síndrome miofascial, algumas fibras se mantêm contraídas. Causando um processo inflamatório local, e acumulando toxinas inflamatórias na região afetada, gerando cada vez mais dor. 

 

Causas

 

A síndrome pode ter causas diversas. Dentre as mais comuns, estão: tensão muscular ou fadiga, espasmos nos músculos mastigatórios, alterações emocionais (como estresse ou ansiedade), trauma agudo, ou distúrbios de sono que interferem na região temporomandibular. Ela também pode ser causada pelo sedentarismo. Evite auto-diagnósticos. Caso haja a suspeita da síndrome, consulte um médico e converse sobre os seus sintomas, para que ele possa chegar à melhor conclusão.

 

Prevenção

 

Existem alguns hábitos saudáveis que podem contribuir para a prevenção da síndrome dolorosa miofascial, além de melhorar a saúde dos pacientes como um todo. Confira as principais dicas:

 

  • Realizar atividades físicas frequentemente, mas sempre tomando cuidado para evitar a sobrecarga do músculo. Evite realizar movimentos repetitivos, ou trabalhar a mesma musculatura por um longo período de tempo.
  • Corrigir vícios de postura no trabalho e na execução de tarefas diárias. As posturas incorretas podem contribuir bastante para o desgaste na musculatura. Portanto, evite ler na cama, dormir no sofá, entre outros hábitos incorretos.
  • Quando estiver realizando uma atividade física muito repetitiva, faça pausas para um alongamento e relaxamento da musculatura trabalhada.
  • Tentar reduzir o estresse no dia a dia, já que ele pode desencadear contraturas na região do pescoço e ombros.
  • Cuidar bem da rotina de sono. Dormir bem é essencial, e é importante reservar pelo menos de 6 a 8 horas diárias para um bom sono. Afinal, é enquanto dormimos que a musculatura relaxa e libera a tensão acumulada.
  • Mantenha uma alimentação saudável. Manter bons hábitos de rotina, além de prevenir a síndrome dolorosa miofascial, também alivia os sintomas de quem já possui a condição. A prevenção também é efetiva para diversas outras doenças ou problemas de saúde que podem atrapalhar a rotina do paciente.

 

Benefícios da fisioterapia para a musculatura

 

Falamos sobre as principais formas de tratamento da síndrome dolorosa miofascial, uma das melhores é a fisioterapia, já que é uma prática vantajosa para toda a musculatura. A fisioterapia promove a recuperação da forte, uma maior resistência muscular, e também diminui significativamente o risco de traumas e lesões. É por isso que existem programas de fisioterapia focados nos esportes. Além de todo esse fortalecimento muscular que a fisioterapia proporciona, ela também resulta no alívio das dores. É uma excelente aliada no combate ao desconforto e as limitações causadas pela dor, que costumam ser bastante comuns nos músculos mastigatórios.

Realizar sessões fisioterápicas resulta na melhora na amplitude dos movimentos, na redução de quadros inflamatórios, e no fortalecimento muscular. É uma ótima forma de garantir um tratamento mais acelerado para a síndrome, evitando que ela atrapalhe nas suas atividades do dia a dia.

Os exercícios fisioterápicos promovem a circulação sanguínea, evitando incômodos e dores, e proporcionando uma recuperação mais rápida. Mas, além de realizar as sessões de fisioterapia, é ainda mais essencial consultar um médico de confiança com frequência, pois é ele quem entrará com o melhor plano de tratamento, envolvendo o tratamento

medicamentoso.

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