Qualidade de Vida e Controle da Dor Andam Juntos!

 em Blog, Informativo

Você conhece as diferenças entre a dor aguda e crônica? A principal diferença consiste no tempo de duração! A dor aguda é aquela causada por choques, cortes ou queimaduras, e tende a desaparecer quando o corpo se recupera daquela lesão. Já a dor crônica, é aquela recorrente, que atrapalha a rotina e afeta a qualidade de vida do paciente e dura mais de 3 meses.

 

A dor crônica pode ocorrer devido a doenças crônicas, como a artrite reumatóide, diabetes, alguns tipos de câncer, e também, por lesões ou traumas agudos, como hérnia de disco ou lesão de ligamento mas que por motivo desconhecido pela ciência se arrastam na cicatrização, levando nosso corpo a uma reação de hipersensibilidade e, por consequência, dor.

 

As dores crônicas atrapalham o paciente na realização de atividades do dia a dia, comprometendo o seu condicionamento físico, e o seu bem-estar. Certamente, não é nem um pouco agradável viver dessa forma!

 

Sentir dores o tempo todo pode comprometer até mesmo a sua saúde mental. Existe a comprovação da relação entre a dor, a ansiedade e depressão. Acompanhe a leitura para entender melhor:

 

Relação entre dor, ansiedade e depressão

 

A relação entre dor e depressão é como uma via de mão dupla. Diversas pesquisas comprovam que pacientes que sofrem com as dores crônicas são mais propensos a ter depressão. E, além disso, as dores diárias pioram a sensação de incapacidade acentuando a depressão.

 

As dores sem diagnóstico, acabam sendo mal tratadas, habitualmente apenas com uso informal de medicação e sem acompanhamento médico e fisioterápico adequado. Sem diagnóstico correto, o paciente não trata a doença corretamente, prolongando o sofrimento e o quadro de dor. Portanto, caso esteja apresentando uma dor crônica, ou seja, há mais de 3 meses, com causa desconhecida, consulte um médico para investigar o sintoma mais a fundo.

 

O controle da dor é essencial para aumentar a qualidade de vida do paciente. Pois a dor crônica pode provocar ou agravar problemas psicológicos como a ansiedade e a depressão. Mais de 50% dos pacientes que se encontram em clínicas de dor crônica têm sintomas de depressão.

 

Dessa forma, tratando o sintoma da dor, ocorre também a prevenção de problemas associados a ela, como alterações de humor (depressão), sedentarismo (paciente sem dor, está mais apto a realizar atividade física), etc.

 

Por isso, no decorrer do artigo, daremos algumas dicas para que o paciente possa realizar o controle da dor, e assim, aumentar significativamente a sua qualidade de vida. Acompanhe a leitura:

 

Investigue a causa da dor

 

As dores crônicas podem possuir diversas causas. Dentre as principais estão:

 

  • Doenças crônicas (câncer, artrite reumatóide, diabetes);
  • Lesões;
  • Doenças primárias (dor neuropática, fibromialgia, cefaleias);
  • Tratamento do câncer;
  • Fatores genéticos;
  • Fatores hormonais;
  • Modificações na estrutura postural;
  • Deslocamento na coluna cervical durante a gravidez;
  • Sedentarismo;
  • Obesidade;
  • Movimentos repetitivos;
  • Realização incorreta de exercícios físicos;

 

Além das descritas acima, existem diversas outras causas possíveis para a dor crônica. E, apesar de parecer algo irrelevante, saber com exatidão a origem da dor facilita bastante o seu tratamento. Portanto, é essencial que o paciente consulte um médico para investigar o sintoma mais profundamente.

 

Inicie o tratamento

 

Quando a causa da dor é identificada, o profissional de saúde responsável pode entrar com um plano específico de tratamento para aliviar o sintoma e aumentar a qualidade de vida do paciente.

 

Existem diversos tipos de tratamento: medicamentoso, fisioterápico, minimamente invasivo e cirúrgico. Cada paciente deve possuir um plano de tratamento personalizado, por apresentar características e necessidades diferentes.

 

Conheça os tipos de tratamento:

 

Tratamento medicamentoso

 

O tratamento medicamentoso é bastante eficiente para o controle de dores crônicas, além do aumento da qualidade de vida do paciente. Pode saber mais AQUI .

 

É claro que, antes de utilizar qualquer medicamento, é necessário que tenha uma prescrição médica. Afinal, diversos pacientes podem ter alergias a componentes presentes em alguns medicamentos, além de que eles possuem efeitos colaterais que podem ser mais graves para alguns pacientes do que para outros.

 

Dessa forma, apenas o profissional da saúde poderá dizer qual medicamento é adequado para o paciente, de acordo com as suas particularidades e necessidades. A utilização correta dos medicamentos também varia bastante de acordo com a intensidade da dor e a gravidade da condição. Acompanhe abaixo:

 

  • Dores leves: dores com menor intensidade, que não atrapalham o dia a dia do paciente, podem ser tratadas com analgésicos, como dipirona ou paracetamol, e anti-inflamatórios, como o ibuprofeno. Aqui mais informações sobre ANTI-INFLAMATÓRIOS e DIPIRONA .

 

  • Dores moderadas: já as dores moderadas, podem ser tratadas tanto com analgésicos e anti-inflamatórios, quanto opióides fracos. Para saber mais sobre opióides, leia nosso texto sobre eles AQUI.

 

  • Dores intensas: as dores mais fortes e intensas, que tornam-se até mesmo impeditivas, podem ser tratadas com todas as opções de medicamentos descritas acima, além dos opioides fortes.

 

Dos medicamentos mais fracos aos mais fortes, nenhum deve ser utilizado por conta própria. O tratamento deve ser realizado com acompanhamento médico, com as doses e a frequência indicadas pelo profissional.

 

As dores crônicas também costumam ser tratadas com medicamentos ANTIDEPRESSIVOS , ANTICONVULSIVANTES  ou RELAXANTES MUSCULARES . Todos são bastante eficazes para o alívio do sintoma.

 

É importante destacar que, quando o paciente estiver com uma dor bastante intensa e insuportável, ele pode recorrer aos medicamentos injetáveis. Basta dirigir-se ao hospital mais próximo para receber a avaliação do profissional de saúde e a medicação.

 

Afinal, os medicamentos orais não são as melhores opções em momentos como esse. Pois eles podem levar até 3 horas para fazer efeito, e o paciente sofrerá com o sintoma durante todo esse tempo.

 

Já os medicamentos injetáveis contam um efeito mais rápido, além de serem mais eficazes e duradouros, podendo fazer com que a dor dê um trégua.

 

Tratamento fisioterápico

 

A fisioterapia também possui um excelente papel no controle da dor e aumento da qualidade de vida. Ela realiza um tratamento eficaz para dores decorrentes de maus hábitos de postura, tensão muscular, lesões, e até mesmo a dor pós-operatória.

 

É uma ótima opção para situações em que a dor dificulta a movimentação do paciente. A fisioterapia faz com que o paciente possa se movimentar mais livremente, melhorando a sua tonificação muscular e o seu condicionamento físico.

 

Ela melhora dores nas articulações, musculatura, e em diversas outras regiões. Nas primeiras sessões, o paciente já pode perceber uma diferença considerável. Além de proporcionar um alívio efetivo da dor, a fisioterapia também melhora a respiração e a saúde mental do paciente, resultando em uma melhor qualidade de vida.

 

Os exercícios fisioterápicos também são responsáveis por melhorar o desempenho dos atletas nos treinos. Melhorando o seu condicionamento físico e percepção corporal, a fim de prevenir lesões. A fisioterapia também é responsável por acelerar a recuperação de lesões já existentes.

 

Portanto, o tratamento fisioterápico não apenas alivia o sintoma da dor, como melhora a sua qualidade de vida em todos os sentidos. É indicada para pacientes de todas as idades e gêneros.

 

Tratamento cirúrgico

 

Em último caso, pode ser realizado o tratamento cirúrgico. Alguns pacientes não apresentam melhora na dor com o tratamento medicamentoso e fisioterápico, e por isso, recorrem à cirurgia.

 

A cirurgia vai depender da origem da dor do paciente. Lesões de ligamentos devem ser reparadas pela ortopedia, hérnia de disco com compressão pode ser retirada pelo neurocirurgião, nervos podem ser liberados quando estão comprimidos. A escolha da técnica vai depender do diagnóstico e do tipo de doença, daí a importância do que dissemos no início do texto sobre uma boa avaliação médica.

 

Caso o paciente esteja considerando a realização da cirurgia, é essencial conversar com um médico de confiança primeiro. Para que ele possa avaliar o seu estado de saúde atual, assim como o seu histórico clínico, e analisar se essa realmente é a melhor opção para o seu caso.

 

Também existem riscos cirúrgicos que devem ser considerados pelo paciente antes da operação. Converse com o profissional de saúde para tomar a melhor decisão.

 

Realize atividades físicas com frequência

 

Você sabia que a dor e o sedentarismo estão relacionados? Pois é. Levar uma vida sedentária é uma das principais causas para o surgimento de dores crônicas, assim como a obesidade.

 

Afinal, quando o indivíduo não movimenta o corpo frequentemente, ocorre o enfraquecimento dos músculos. E isso facilita o surgimento de dores crônicas que podem atrapalhar bastante as atividades de rotina do paciente.

 

O sedentarismo promove a ativação de sinalizadores inflamatórios, outro fator que facilita o surgimento das dores.

 

O mesmo acontece ao contrário. É comprovado que a realização de atividades físicas constantes proporciona o alívio das dores corporais, principalmente as dores nas costas ou articulações.

 

Na maioria das vezes, quem sofre com as dores crônicas, nem se imagina realizando atividades físicas. Pois o indivíduo pode achar que não está capacitado para a realização dos exercícios, ou que eles irão agravar a dor. E essa crença está completamente errada!

 

É claro que é importante conversar com um médico para saber quais atividades devem ser evitadas.

 

Mas, de forma geral, a prática de exercícios físicos proporciona a redução da dor e da rigidez, além de realizar um combate efetivo às condições que causam dores, como a artrite reumatoide, artrose, fibromialgia, entre outras.

 

Para pacientes que sofrem com as dores crônicas, o indicado é que iniciem a prática de atividades físicas com calma. Começando por exercícios mais leves e tranquilos, e sempre respeitando as suas limitações físicas.

 

Afinal, o esforço físico excessivo e repetitivo, e o carregamento de pesos muito grandes, também podem contribuir para o surgimento de dores corporais. Portanto, é importante manter um equilíbrio.

Postagens Recomendadas

Deixe um Comentário