Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal – O que é, sintomas e tratamento

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A Tendinopatia com ruptura do supra-espinhal é um problema bastante comum entre pessoas que trabalham muito com movimentos repetitivos e sobrecarga na articulação do ombro e, também, em quem possui algum tipo de problema pré-existente que contribua para a lesão deste ligamento. Independente da causa e dos fatores de risco para desenvolver o problema, a tendinopatia e ruptura do supra-espinhal pode ser bastante dolorosa e, por isso, vale a pena investigar e tratá-la o quanto antes. 

No texto de hoje, vamos te contar o que é a Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal, como você pode procurar tratamento e quais as principais causas para que ela apareça. Veja abaixo as informações que trouxemos sobre o assunto!

O que é Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal?

 

A Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal se complementam e nada mais são do que estágios diferentes da lesão do tendão do músculo supra-espinhal. O músculo supra-espinhal é o principal responsável pelo movimento de elevação do braço acima da cabeça. Sua lesão ocorre devido à sobrecarga ao realizar movimentos com o braço em elevação. Esta sobrecarga pode ser por repetição ou por excesso de peso. Quando a sobrecarga é repetida, no trabalho, por exemplo, o corpo desencadeia um processo inflamatório na tentativa de se defender da agressão, mas que ao final do processo resulta em uma tendinopatia ou mesmo ruptura parcial ou total do tendão.  Tendinopatia é a palavra utilizada para as lesões no tendão, como a famosa tendinite que muita gente conhece. Essa lesão já foi falada aqui no blog quando fizemos um texto sobre o manguito rotador, já que o supra-espinhal faz parte dos 4 músculos dessa região. Ou seja, a Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal são condições específicas dentro das doenças do manguito rotador e, por isso, tem um tratamento e um diagnóstico muito similar. 

Resumindo, a Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal são muito comuns em pacientes que submetem a articulação do ombro a movimentos que causam sobrecarga deste músculo. Sua lesão pode ser extremamente dolorosa, causando restrição de movimentos, principalmente elevação do braço acima da cabeça e queda na qualidade de vida.

Os sintomas da Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal

 

Os sintomas da Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal podem variar de pessoa para pessoa, mas eles são, geralmente, muito específicos e levam o médico a entender o diagnóstico apenas com o relato do paciente, embora possa ser importante a realização de exames. Entre os sintomas mais comuns, temos:

 

 

  • Dor nos ombros:

 

 

A dor nos ombros é um dos sintomas mais comuns da Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal. Em geral, é uma dor localizada na região superior do ombro, podendo ser uma dor crônica, que se inicia aos poucos e vai aumentando ao longo do tempo, ou uma dor aguda, de aparecimento recente e normalmente intensa, associada a trauma ou algum abuso recente.

 

 

  • Dor nos braços:

 

 

A dor nos ombros pode chegar até os braços, sendo muito comum quando as pessoas carregam peso ou levantam os braços. Não é incomum também que os pacientes sintam dores ao tocar a região dos ombros ou dos braços. 

 

 

  • Fraqueza nos braços:

 

 

Em casos um pouco mais severos, o paciente pode sentir uma dificuldade enorme de levantar os braços e até mesmo uma fraqueza nessa região. Alguns pacientes podem relatar dificuldade de segurar coisas, como objetos relativamente leves. 

 

 

  • Dificuldade para dormir:

 

 

Como sintoma associado, podemos dizer que a Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal é capaz de trazer a dificuldade para dormir, fazendo com que o paciente não encontre a melhor posição para dormir. Veja, a alteração do sono, nesse caso, pode estar relacionada à dor para que possamos confirmar o sintoma. 

 

Quais as causas da Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal?

 

Existem inúmeros fatores de risco para que uma pessoa desenvolva a Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal. Mas, para ajudar no entendimento, separamos alguns deles:

 

 

  • Movimentos de repetição

 

 

A Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal pode acontecer com pessoas que realizam movimentos de repetição, como quem trabalha em fábricas, linhas de produção ou até mesmo quem digita ou utiliza o mouse com muita frequência. Atletas também são muito suscetíveis, como aqueles que jogam basquete e tênis ou até mesmo aqueles que nadam de forma mais intensa. Não há exatamente um sexo mais propenso à Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal, mas pessoas acima dos 40 anos devem ficar atentos aos exercícios de muita repetição para evitar lesões. 

 

 

  • Causas desconhecidas

 

 

Pode haver também pessoas que desenvolvem a Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal por causas desconhecidas. Uma das hipóteses é uma possível dificuldade do sangue chegar ao tendão, causando sofrimento do mesmo e, por consequência, o rompimento. Nem sempre os pacientes, de fato, realizaram exercícios de repetição mas, mesmo assim, passaram a relatar o problema. A idade é um fator que deve ser considerado de risco para que o rompimento aconteça mais facilmente e sem nenhuma causa externa aparente. 

 

 

  • Condições pré-existentes

 

 

Outras condições pré-existentes também podem causar a Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal, como a artrite reumatoide, esporão ósseo, assim como pessoas que já lesionaram o tendão antes. Outra condição que pode causar o problema são as quedas, que tendem a ser ainda mais perigosas para pessoas com idade mais avançada. 

Como diagnosticar a Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal?

 

Não existe uma forma de diagnosticar a Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal sem o auxílio médico. Ao ir ao consultório, o paciente irá relatar os sintomas, o médico realizará exames físicos e pode também pedir exames, como:

 

  • Raio-X
  • Ultrassonografia do Ombro
  • Tomografia computadorizada
  • Ressonância magnética

 

Obviamente, nem sempre o médico pedirá todos os exames, porque é possível que ele consiga chegar ao diagnóstico sem precisar deles. Mas, a título de observação, os exames citados podem ser necessários. Também será importante entender mais sobre o paciente, se ele pratica ou não esportes, com o que trabalha e qual é o seu histórico médico de lesões. 

 

Qual o tratamento da Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal?

 

O tratamento da Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal pode ser rápido ou mais longo, dependendo da gravidade das lesões. Por isso, é essencial procurar um médico que seja especialista nesse tipo de problema e que saiba como ajudar a aliviar as dores mais rapidamente. Entre a rotina de tratamento, estão:

 

  • Repouso de alguns dias, como evitar realizar atividades de repetição ou treinar, no caso de atletas. Esse repouso é necessário e, se preciso, o médico irá dar o devido atestado, caso o paciente trabalhe com a repetição de movimentos. 

 

  • Medicamentos podem ser receitados, como analgésicos e anti-inflamatórios, sejam eles via oral, como também os remédios injetáveis, que costumam fazer um efeito mais rápido, com uma dosagem menor, agredindo bem menos o organismo do paciente e trazendo alívio mais imediato. 

 

  • Também pode ser necessário realizar fisioterapia por algum tempo para que o paciente possa se recuperar e recuperar os movimentos aos poucos. A fisioterapia deve ser realizada sempre com um profissional médico e jamais sozinho. 

 

  • Em casos mais extremos, a cirurgia pode ser necessária, algo que deve ser pensado com muita cautela e após a tentativa de recuperação conforme falamos acima. A cirurgia é reservada para casos mais severos, como rupturas totais ou falha nos tratamentos clínicos. No entanto, para o bom resultado cirúrgico, é imperativo que o paciente realize as terapias de reabilitação para fortalecimento e retorno da mobilidade do ombro operado. 

 

 A Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal tem cura?

 

Mesmo em casos crônicos, onde a dor persiste por muitos anos e o paciente já até mesmo se “acostumou” com ela, a Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal tem sim cura e o tratamento deve ser procurado o quanto antes. O importante é não deixar o caso evoluir pois, mesmo que a dor persista por muito tempo, ela pode piorar e a cirurgia se tornar iminente. Seja como for, o tratamento é muito eficaz e a maioria dos pacientes consegue se livrar da dor em pouco tempo, desde que haja total entrega às recomendações médicas. A Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal são bastante comuns.

 

Em quanto tempo poderei me recuperar da Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal?

 

Como falamos acima, a Tendinopatia e ruptura do supra-espinhal pode ser mais ou menos grave, dependendo de cada pessoa. O tratamento, assim como já foi dito, pode durar pouco tempo, como semanas, ou um tempo mais longo, chegando até 12 meses. Se caso ele não trouxer melhora, a cirurgia pode ser recomendada, especialmente em casos em que a dor é muito intensa e não permite que o paciente tenha uma vida normal. Porém, o tempo médio de melhora é de 2 meses, sendo o mais comum para pacientes que estejam seguindo o tratamento certinho.

 

Em casos de dúvidas, é importante procurar um médico especializado em dores que possa realizar um exame mais específico para o seu caso, considerando o seu histórico e os seus sintomas. Não espere para se livrar das dores!

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