Dor abdominal: saiba todas as características e causas desse problema

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A dor abdominal é um sintoma que ocorre com milhares de pessoas todos os anos. Porém, muita gente ignora esse sintoma físico e se automedica ou até mesmo finge não estar sentindo nada (quando a dor é branda).

Contudo, saiba que esse tipo de dor pode ser indício de algum problema de saúde mais sério. Desse modo, é imprescindível buscar ajuda médica se você sentir dor abdominal intensa ou crônica, ou seja, por mais de 3 meses.. Além disso, você sabia que essa dor juntamente com outros sintomas pode, inclusive, ser um alerta de risco de vida?

Portanto, leia nosso post de hoje na íntegra sobre o assunto e esteja preparado(a) caso isso ocorra com você ou com alguém da sua família. No mais, se você está sentindo esse tipo de dor há algum tempo e ainda não procurou um especialista, esse é o momento ideal para isso! jamais negligencie a sua saúde e a sua vida! Confira nosso artigo completo e tenha uma ótima leitura!

O que é a dor abdominal?

A dor abdominal, conforme o próprio nome já diz, é uma dor localizada na região do abdome e ela pode estar na parte superior, central ou inferior dessa área. Nesse sentido, essa dor pode ainda indicar problema(s) em vários órgãos, tais como:

  • Útero;
  • Bexiga;
  • Intestino (grosso e/ou delgado);
  • Vesícula;
  • Estômago;
  • Dentre outros locais.

Além disso, essa dor pode ser notada de diversas formas, como em sensação de peso, fisgadas, pontadas, cólicas brandas a severas, etc.

Posteriormente, iremos nos aprofundar nessas sensações e seus indícios. Continue a leitura e entenda mais sobre esse problema.

Causas para esse problema?

Existem muitas enfermidades que geram como sintoma secundário a dor abdominal. Ou seja, para um melhor diagnóstico, é necessário exames e, sem dúvidas, é imprescindível buscar ajuda médica. Vamos te mostrar quais são as causas mais comuns para esse tipo de dor. Confira!

Lado direito superior

  • Excesso de gases;
  • Indicação de problemas no lado direito do pulmão;
  • Alguma enfermidade no fígado;
  • Inflamação ou pedra na vesícula.

Região central superior

  • Indício de infarto;
  • Refluxo e problemas de digestão;
  • Gastrite;
  • Alguma inflamação na vesícula;
  • Úlcera gástrica ou algum problema sério digestivo.

Lado esquerdo superior

  • Também pode ser um sinal de excesso de gases;
  • Diverticulite;
  • Gastrite e/ou úlcera gástrica;
  • Alguma inflamação ou enfermidade no pulmão esquerdo.

Meio do abdômen – lado direito

  • Enfermidades na coluna;
  • Algum tipo de inflamação no intestino;
  • Excesso de gases;
  • Problemas nos rins, como pedras ou cristais nesta região;
  • Pedra ou inflamação na vesícula.

Meio do abdômen – região central

  • Prisão de ventre;
  • Essa dor pode ser um indício de início de uma apendicite;
  • Pancreatite;
  • Bem como, indício de úlcera gástrica;
  • Gastroenterite.

Meio do abdômen – lado esquerdo

  • A dor nessa área também pode ser um sinal de problemas de coluna;
  • Gastrite;
  • Enfermidades nos rins;
  • Problema no baço;
  • Excesso de gases;
  • Inflamação intestinal.

Lado direito inferior

  • Dores nessa área também pode indicar excesso de gases;
  • Cisto ou mioma no ovário;
  • Desenvolvimento de uma apendicite;
  • Inflamação no intestino.

Região central inferior

  • Dores na parte inferior central do abdome pode indicar muitos problemas, como enfermidades na bexiga;
  • Intestino  irritável;
  • Também pode ser algo mais simples, como uma cólica menstrual;
  • Infecção urinária;
  • Cistite;
  • Prisão de ventre;
  • Ademais, pode indicar diarreia.

Lado esquerdo inferior

  • A dor nessa área pode indicar problemas diversos, como inflamações intestinais;
  • Hérnia inguinal;
  • Também pode indicar cisto no ovário;
  • Bem como, pode ser sinal de algo menos complexo, como excesso de gases.

Tipos e locais das dores abdominais

Conforme vimos acima, as dores abdominais podem ocorrer em várias partes diferentes do abdômen. Portanto, uma avaliação médica é fundamental para saber com clareza e sem erros o que essa dor está indicando.

Ou seja, só com o auxílio de um profissional capacitado você pode saber direitinho o que esse sintoma está falando sobre a sua saúde.

Por falar nessas dores, a gente comentou acima que elas podem ser de várias formas. Entenda melhor cada uma delas agora:

Dores parecidas com agulhadas ou pontadas

Esse tipo de dor, normalmente, está associada aos seguintes problemas:

  • Inflamação no intestino;
  • Apendicite;
  • Excesso de gases;
  • Inflamações diversas na região abdominal.

Cólicas (ou dores muito parecidas com isso)

  • Pode indicar cólicas menstruais;
  • Algum problema no útero;
  • Indício de diarreia;
  • Enfermidades diversas ne vesícula;
  • Prisão de ventre;
  • Infecções ou inflamações intestinais.

Queimação e/ou ardência

  • Refluxo;
  • Gastrite;
  • Úlcera.

Além disso, existem também alguns pacientes que relatam outras sensações, como uma espécie de dor sem nenhuma descrição clara. Também, existem pessoas que não sentem dores, mas um peso similar à sensação de ter comido muito ou ingerido muito líquido.

Assim, visitar um médico especialista em dor é essencial para a resolução do problema.

Fatores de risco que podem ocorrer com a dor abdominal

Aproveitando o ensejo, precisamos ressaltar que caso a dor abdominal venha acompanhada de algum dos sintomas que listamos abaixo, é necessário que você busque o atendimento de um médico. Afinal, isso pode indicar infecções e/ou inflamações sérias. Confira e saiba identificar esse tipo de urgência:

  • Se ela estiver aliada com fraqueza, grande desânimo e apatia;
  • Associada a febre superior a 38° graus;
  • Fezes com aparência muito diferente e com sangue;
  • Queda abrupta de peso e ausência de apetite;
  • Diarreia muito forte (com vários episódios ao longo do dia);
  • Vômitos e náuseas fortes;
  • Dor no peito e suor frio: isso é sinal de infarto e o(a) paciente deve ir imediatamente para o pronto-socorro;
  • Sangramentos pela boca, nariz e outras partes do corpo.

Em síntese, se você ou um familiar sentir a dor abdominal juntamente com esses sintomas, procure um atendimento de urgência o quanto antes. 

Dor abdominal aguda e os riscos para a sua vida!

Percebeu como esse sinal pode indicar um risco sério de vida? Dentre as doenças mais comuns que esse sintoma mostra e que podem levar à morte, estão as seguintes:

  • Pancreatite;
  • Obstrução intestinal;
  • Apendicite;
  • Ruptura de gravidez ectópica;
  • Ruptura de aneurisma aórtico abdominal;
  • Órgãos internos perfurados, como estômago ou intestino;
  • Isquemia mesentérica, que é a interrupção do fluxo sanguíneo ao intestino.

Diagnóstico

Para compreender o porquê da dor abdominal e sua real causa, realizamos exames clínicos no(a) paciente e anotamos o seu histórico médico. Além disso, em diversos casos procedemos da seguinte forma:

  • Investigamos o histórico familiar do(a) paciente;
  • Pedimos exames de imagem, como ultrassonografia para averiguar a situação dos órgãos;
  • Também podemos solicitar consultas em outros especialistas, como gastroenterologista ou ginecologista para melhor investigação das possíveis causas.

Estou grávida e com dor abdominal. E agora?

Durante a gravidez, o corpo da mulher muda bastante. Nesse sentido, muitas pacientes relatam dores abdominais devido ao estiramento de:

  • Tendões;
  • Ligamentos;
  • Músculos.

Todavia, caso a dor seja muito frequente e de grau médio a forte, recomendamos uma visita ao obstetra. Isso porque a dor abdominal frequente e/ou forte na gravidez pode indicar algum problema, como:

  • Gravidez ectópica;
  • Descolamento de placenta.

Portanto, nunca ignore esse tipo de sintoma e busque um médico o quanto antes!

Tratamentos para esse problema

Existem diferentes formas de tratar esse sintoma. Antes de mais nada, é preciso identificar o que causa a dor. Depois, é necessário tratar o problema, assim, a dor pode ser extinta e sem nenhum risco de voltar.

Entenda melhor os tratamentos que existem para esse problema:

Cirurgia

Caso exista alguma inflamação ou infecção em determinado órgão do corpo, muitas vezes, é indispensável retirar parte ou o órgão doente por inteiro do organismo do(a) paciente. Isso pode ocorrer com problemas em:

  • Vesícula;
  • Apêndice;
  • Fígado;
  • Dentre outros órgãos.

Tratamentos medicamentosos

Também é possível tratar esse tipo de dor com remédios. Contudo, ressaltamos que qualquer administração de medicamentos só pode ser feita com receita médica. Veja só alguns remédios para sanar os problemas de grau leve a moderado:

Antibióticos

Caso exista alguma infecção em um órgão, receitamos remédios voltados para controle da infecção, como é o caso dos antibióticos. Os mais comuns são a azitromicina, a penicilina e a amoxicilina.

Antiácidos

Os antiácidos são excelentes opções para casos de má digestão, gastrite ou até mesmo para refluxos. A ranitidina e o omeprazol são os mais receitados atualmente.

Antiespasmódicos

Antiespasmódicos são remédios muito utilizados no controle de dores em cólica. Dentre os principais nomes do mercado, podemos citar Buscopan e Dimeticona. Esses remédios são excelentes no controle do excesso de gases e na diminuição das cólicas com objetivo de impedir as terríveis dores abdominais que surgem sempre que isso ocorre.

Laxantes

Por fim, para combater a prisão de ventre, o ideal é ter uma receita médica para laxantes. Dentre eles, os mais comuns são o óleo mineral ou algum medicamento com lactulose. Eles melhoram o funcionamento intestinal e colaboram para a resolução do problema.

Por último, saiba que o post de hoje sobre a dor abdominal foi produzido com o intuito de te esclarecer dúvidas sobre o assunto. Desse modo, busque um profissional capacitado para a prescrição de medicamentos e uma avaliação criteriosa do seu caso ou de um familiar.

Se preferir, entre em contato conosco e agende uma consulta.

Dr. Luiz Gustavo

Anestesiologista e Médico da Dor;
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
Residência médica em anestesiologia pelo Hospital Felício Rocho;
Médico Anestesiologista pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia;
Pós-graduado em Cuidados ao Paciente com Dor pelo Hospital Sírio-Libanês (São Paulo);
Médico da Dor pela AMB;
Aperfeiçoamento em Anestesia para Transplante Hepático no Hospital Paul Brousse em Villejuif (Paris) França;
Anestesista Hospital das Clínicas da UFMG;
Anestesista do Grupo de Transplantes do Hospital das Clínicas da UFMG;
Preceptor da residência médica em anestesiologia HC-UFMG.

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