Procedimentos de Intervenção em dor: conheça as melhores técnicas aqui!

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Atualmente existem procedimentos de intervenção em dor amplamente utilizados em pacientes que passam por dores agudas ou  crônicas.

Precisamos salientar que a medicina entende por dor crônica aquela que persiste por mais de 3 meses independentemente da causa. 

Pessoas que convivem com dores devido a algum trauma ou mesmo que têm problemas de dores crônicas, costumam sofrer muito. Assim, perdem qualidade de vida, ficam estressadas, sobrecarregadas e muitas vezes até passam por problemas emocionais.

Portanto, investir em bons tratamentos e em si mesmo(a), é a melhor opção para diminuir ou acabar de vez com o problema!

Para te ajudar a entender melhor este assunto, iremos discorrer na matéria de hoje sobre todos os detalhes e as principais características dos procedimentos de intervenção em dor. Salientamos que esse artigo existe para te informar sobre o tema e tais conhecimentos não devem ser usados para:

  • Automedicação;
  • Autodiagnóstico;
  • Autotratamento.

Em resumo, sempre procure um médico para te guiar em relação ao recurso terapêutico necessário para sanar o seu problema, combinado?

Sem mais delongas, venha conosco e confira a matéria especial de hoje! Tenha uma ótima leitura!

Procedimentos de intervenção em dor: qual o profissional neste assunto?

O médico mais recomendado para tratar os pacientes com dores é o Especialista em Dor. Esse profissional é altamente capacitado para cuidar e orientar as pessoas que sofrem, principalmente, com dores crônicas.

Vale a pena ressaltar que muitas vezes tais dores têm  piora associada a estados nervosos e/ou psicológicos e emocionais.. Assim, para diagnosticar as possíveis causas e origens das mazelas dos pacientes, levantamos algumas informações, como:

  • Anotamos o histórico familiar do(a) paciente;
  • Avaliamos as condições físicas e clínicas do indivíduo;
  • Em muitos casos, solicitamos exames de imagem para exclusão de doenças graves e maior assertividade do tratamento..

Por último, conversamos com o(a) paciente para entender melhor quando e como surgiram as dores. Há muitas pessoas que têm dores relacionadas a questões emocionais, assim, o diagnóstico é menos óbvio e necessita ser investigado mais a fundo.

Como se forma um médico especialista em dor?

Para compreender bem os tipos de procedimentos de intervenção em dor, é primordial ser um profissional especialista nesta área. Ou seja, é imprescindível ser um Médico da Dor.

Para isso, após a faculdade, o Dr. Luiz Gustavo fez residência em anestesiologia. Posteriormente, realizou uma pós-graduação em dor e se tornou especialista no assunto. Assim, está apto a diagnosticar e tratar adequadamente os pacientes que estão sofrendo com dores, desde as mínimas, até dores crônicas agudas.

Principais doenças que podem ser tratadas

Existem diversas doenças que causam dores crônicas. Nesse sentido, essas dores são sintomas relativos a outros problemas de saúde, dentre os principais podemos citar:

  • Dor miofascial;
  • Fibromialgia;
  • Inflamações nos órgãos internos;
  • Doenças degenerativas;
  • Enfermidades autoimunes;
  • Problemas de coluna, como hernias de disco, desgaste ósseo, etc.;
  • Artroses nas articulações, como a artrose de joelho e de quadril que já comentamos aqui no site;
  • Doenças reumáticas;
  • Câncer.

Essas e outras enfermidades causam dores nos pacientes e são, na imensa maioria, causa de dores crônicas. Tal condição impede uma vida plena e pode gerar outros problemas conforme citamos anteriormente.

Afinal, o que causa as temidas dores crônicas?

As nossas terminações nervosas detectam sinais muito rapidamente. Para você ter uma ideia melhor, pense só quando encostamos nossas mãos em algo extremamente quente.

Em uma fração de segundo, retiramos nossa pele da superfície. Assim, evitamos queimaduras e uma dor constante.

Porém, quando temos um problema que gera dor de forma constante, isso ocorre repetidas vezes por hora. Assim, o tecido ou área traumatizada libera substâncias químicas várias e várias vezes ao longo do dia.

Por isso, pessoas com os problemas que citamos acima ou mesmo com tensas situações emocionais, desencadeiam um mecanismo chamado de sensibilização, em que o estímulo constante na área afetada nos deixa mais sensíveis à dor naquela região.. É importante ressaltarmos que a dor aguda é um mecanismo de defesa do organismo e a dor crônica é um desequilíbrio no processamento das informações

 

Principais procedimentos de intervenção em dor

Ao passo que você entendeu mais sobre as dores e como é indispensável a atuação de um especialista nesse tipo de problema, continue conosco.

Agora, iremos discorrer sobre os principais procedimentos de intervenção em dor que temos atualmente à disposição da medicina. Confira cada um deles e suas principais características. Veja!

Técnica moderna: neuroestimuladores

Os neuroestimuladores são uma das opções mais modernas quando falamos no tratamento de dores. Esses dispositivos são implantados através de pequenas cirurgias no corpo do(a) paciente.

Assim, são programados para transmitir impulsos elétricos que vão inibir as dores. Salientamos que eles podem ser programados e reprogramados de acordo com:

  • Os tipos de dores (caso haja mudanças);
  • Bem como, podemos variar os seus impulsos de acordo com a intensidade das dores.

Em síntese, não há necessidade de uma nova cirurgia caso os sintomas e dores do(a) paciente mudem (melhorem ou piorem).

Infiltrações e bloqueios

As infiltrações e bloqueios são usados no tratamento de dores já há algum tempo. Eles consistem na injeção de anestésicos e/ou antiinflamatórios na área de dor do indivíduo.

Por exemplo, podemos realizar infiltrações e bloqueios na bacia, na coluna lombar, etc. Ressaltamos que esse tipo de procedimento é vantajoso, pois:

  • Na imensa maioria dos casos, é realizado sem necessidade de internação. O(A) paciente apenas recebe uma anestesia local e a medicação na área necessitada;
  • As doses de remédios ministradas nessas intervenções são menores das que seriam administradas por via oral. E também há baixo risco de irritar os órgãos digestivos por uso prolongado de medicamentos;
  • Além disso, essas técnicas (bloqueio e infiltração) dão respostas mais duradouras e super eficazes. Desse modo, são considerados ótimos procedimentos de intervenção em dor.

Remédios

Também existem remédios que podem ser receitados para tratar as dores. Porém, eles devem ser aliados a outros tipos de tratamentos. A medicação auxilia muito o(a) paciente no alívio dos sintomas, todavia, ele não extingue ou diminui efetivamente o problema central.

Normalmente, receitamos medicamentos como:

  • Analgésicos: Paracetamol, Dipirona, etc.;
  • Antidepressivos tricíclicos: Nortriptilina, Amitriptilina, Desipramina, etc.;
  • Anticonvulsivantes: Clonazepam, Gabapentina, etc.;
  • Anti-inflamatórios: Cetoprofeno, Ibuprofeno, etc.;
  • Anti-inflamatórios não esteroides: Nimesulida, Naproxeno, etc.

Ressaltamos que toda e qualquer medicação só pode ser ingerida sob prescrição e acompanhamento médico. Portanto, se você está com dores que persistem por muitos dias e/ou semanas, procure um especialista em dor o quanto antes para uma avaliação e tratamento adequado, combinado?

Bombas de medicação

As bombas de medicação também são métodos modernos e necessitam de acompanhamento bem próximo ao paciente.. Essas bombas são dispositivos colocados sob o corpo do(a) paciente durante sessões de tratamento.

Esses aparelhos liberam doses de remédios previamente programadas sob a pele do indivíduo. Esse é um dos procedimentos de intervenção em dor menos invasivo que temos atualmente na medicina e é indicado nos seguintes casos:

  • Ideal para pessoas que já realizaram cirurgias e ainda assim, continuam com quadro de dores persistentes;
  • Também recomendamos as bombas de medicação para indivíduos com lesões sérias e duradouras. Por exemplo, para atletas lesionados e pessoas que sofreram graves acidentes;
  • Por fim, indicamos esse tratamento para quem sofre com dores intensas e que persistem. Como por exemplo, para quem tem fibromialgia e problemas sérios de coluna.

Radiofrequência

A radiofrequência é aplicada nas áreas que mais doem em um paciente com quadro de dores crônicas. Para esse tipo de intervenção, basta a anestesia local..

Utilizamos ondas de calor para inibir o envio de estímulos de dor para o cérebro do indivíduo. Essas ondas controladas de calor, servem resumidamente para:

  • Reestruturar os nervos da área que necessita de tratamento;
  • Lesionar a região controladamente, para que ela se torne mais resistente às dores;
  • Melhorar a circulação e coagulação sanguínea da região tratada.

Tratamentos alternativos

Além dos recursos terapêuticos supracitados, existem também outras técnicas que ajudam muitos os indivíduos que passam por esse tipo de problema de saúde. São elas:

Fisioterapia

A fisioterapia é uma ótima forma de melhorar as dores que os indivíduos sentem. Em resumo, as atividades desenvolvidas na fisio auxiliam no fortalecimento muscular e na melhora dos movimentos de modo geral.

Hidroterapia

Para pessoas com problemas na coluna ou no joelho, a hidroterapia é, sem dúvidas, uma das melhores opções de procedimentos de intervenção em dor. Afinal, não há impacto com o solo e também existe a prática de movimentos importantes para a ampliação de movimentos.

Indicamos ainda que essa atividade seja feita em piscina aquecida, para maior conforto.

Pilates

Outro excelente auxiliador na melhoria de dores é o pilates. Essa atividade permite alongamento, fortalecimento, melhora do condicionamento físico e emagrecimento em muitos casos. Portanto, converse com o seu médico e avalie a possibilidade de aliar o tratamento clínico com um ou mais tratamentos alternativos que citamos acima.

Viu só como existem muitos procedimentos de intervenção em dor? Caso você necessite de uma avaliação, entre em contato. Será ótimo conseguir te ajudar a ter mais qualidade de vida e saúde!

Dr. Luiz Gustavo

Anestesiologista e Médico da Dor;
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
Residência médica em anestesiologia pelo Hospital Felício Rocho;
Médico Anestesiologista pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia;
Pós-graduado em Cuidados ao Paciente com Dor pelo Hospital Sírio-Libanês (São Paulo);
Médico da Dor pela AMB;
Aperfeiçoamento em Anestesia para Transplante Hepático no Hospital Paul Brousse em Villejuif (Paris) França;
Anestesista Hospital das Clínicas da UFMG;
Anestesista do Grupo de Transplantes do Hospital das Clínicas da UFMG;
Preceptor da residência médica em anestesiologia HC-UFMG.

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