O que é enxaqueca? Conheça causas, sintomas e tratamentos
Você sabe o que é enxaqueca? Hoje vamos falar um pouco sobre as causas possíveis, tratamentos e sintomas desse problema tão desagradável.
Tida por muitos como apenas uma “frescura”, a enxaqueca é um problema sério, que afeta grande porcentagem de pessoas no Brasil e no mundo. Por conta de ser uma doença não levada tão a sério, muitos não buscam tratamento.
Algumas pessoas têm crises de enxaqueca e no entanto, não sabem que tem o problema. É preciso entender a doença e buscar sim o alívio dos sintomas que diminuem a qualidade de vida da pessoa afetada.
Vamos agora conhecer mais sobre a enxaqueca e entender como ela funciona, que males pode trazer para a pessoa afetada, além de te mostrar como o tratamento é realmente necessário.
O que é enxaqueca?
A enxaqueca, (explicando para o revisor: enxaqueca é uma doença cujo principal sintoma é dor de cabeça, cefaleia é um substantivo que se refere à qualquer tipo de dor na cabeça), é um dos tipos existentes de dor de cabeça, caracterizada por uma dor latejante e forte, que geralmente acomete apenas um dos lados da cabeça da pessoa afetada.
Essa dor forte costuma demorar horas ou até mesmo mais de um dia para passar e pode aparecer no meio de atividades do dia a dia, incapacitando a pessoa para continuar seus afazeres.
A dor é forte e muito frequentemente vem acompanhada de sintomas extremamente incômodos, impedindo, portanto, a realização normal de qualquer atividade.
Qual a diferença da enxaqueca para a dor de cabeça comum?
Na dor de cabeça comum não há a dor pulsante que existe na enxaqueca, bem como, a dor costuma afetar a cabeça toda.
Além disso, não são observados os sintomas que acompanham uma crise de enxaqueca típica, e as causas da dor de cabeça comum também podem vir a ser diferentes.
Uma dor de cabeça comum geralmente podemos tratar sem muito esforço com analgésicos normais comprados em farmácia e, na maioria dos casos, permite que a pessoa continue suas atividades diárias.
Na enxaqueca, analgésicos comuns não conseguem acabar com o problema, além da capacidade de movimentar-se e fazer qualquer atividade ficar prejudicada.
Quais são os tipos de enxaqueca?
A enxaqueca pode ser com a ocorrência de aura ou sem aura.
A enxaqueca com aura é menos comum. Nesse formato, um tempo antes de a enxaqueca efetivamente começar, a pessoa afetada vê sinais visuais como pontos cintilantes ou brilhantes, tem escurecimento da visão e pode vir a ter formigamento em membros do corpo.
Esses sintomas que precedem a enxaqueca já avisam de sua chegada e são percebidos pela pessoa com antecedência.
Aquelas mulheres que sofrem de enxaqueca com aura e tomam anticoncepcionais têm mais chances de sofrer um Acidente Vascular Cerebral.
Já a enxaqueca sem aura só apresenta a cefaléia, sem a fase premonitória da crise.
Quem tem mais chances de ter esse problema?
A enxaqueca pode atingir qualquer pessoa, seja crianças, jovens e adultos.
Porém, ela conta com uma incidência muito maior em mulheres, principalmente durante a fase da adolescência e durante a fase adulta.
Quais as causas da enxaqueca?
As causas da enxaqueca não são bem definidas e podem ser diferentes, dependendo da pessoa que sofre com o problema.
Nem todas as pessoas que têm enxaquecas têm os mesmos gatilhos que iniciam as crises, por isso, deve haver um acompanhamento específico para que se possa identificar as causas em cada paciente.
Algumas causas que podem vir a ocasionar crises de enxaqueca são:
- Cheiros fortes;
- Sol;
- Alguns alimentos gordurosos, como queijos e embutidos;
- Bebidas alcóolicas;
- Cafeína em excesso;
- Tabagismo;
- Período menstrual;
- Estresse;
- Jejum intermitente.
Essas não são as únicas causas da enxaqueca e, além disso, não aparecem todas em uma única pessoa. Diversos fatores podem vir a provocar o problema em pacientes diferentes.
Quais os principais sintomas da enxaqueca?
A enxaqueca se manifesta por meio de uma dor forte e incapacitante, que geralmente ocorre em apenas um lado da cabeça. Essa dor é pulsante e constante, durando mais de 4 horas para cessar, podendo até mesmo passar de um dia de duração.
Seus principais sintomas são:
- Sensação de enjoo durante as crises;
- Fotofobia;
- Vômitos;
- Perda de apetite;
- Agravamento da dor ao movimentar-se;
- Irritação.
Durante uma crise de enxaqueca, a pessoa afetada prefere ficar em locais escuros e sem barulhos, sem realizar movimentos, já que isso agrava a dor e pode piorar a náusea. Os sintomas são muito incômodos e fazem com que a pessoa perca a produtividade durante a crise, necessitando repousar até que a dor cesse.
Quando considerar buscar o tratamento?
Se você sofre de dores de cabeça com essas características e nunca buscou ajuda médica, é hora de procurar auxílio para identificar as causas e começar um tratamento.
Tendo episódios mensais de enxaqueca e até mesmo de forma frequente, mais de uma vez na semana, precisa buscar ajuda médica para que seja diagnosticado o problema.
Buscar auxílio médico pode diminuir a frequência dos episódios de dor, sendo, portanto, uma oportunidade melhorar a qualidade de vida da pessoa que sofre com esse problema.
Como o médico da dor pode auxiliar no tratamento da enxaqueca?
A enxaqueca é uma dor crônica, sendo assim, ninguém melhor que o médico da dor para auxiliar no processo de diagnóstico e tratamento.
Como a medicina da dor é uma especialidade, que tem como foco o tratamento da dor como patologia e não apenas como um simples sintoma, é possível ter um enfoque maior na doença, por um outro prisma.
Medicina da dor x outras especialidades
Tendo em mente que o médico da dor é especialista na área e tem formação que visa promover o tratamento da dor como patologia e não apenas como sintoma isolado de um outra doença, ele pode ser um grande aliado para tratar a enxaqueca crônica.
Sabemos que quem sofre deste problema tem a qualidade de vida bastante reduzida e perde muito de suas atividades, passando por dias e até semanas de dor.
Sendo assim, o médico da dor e sua equipe multidisciplinar composta também de outros profissionais da saúde, auxilia no tratamento completo, que atinge diversas áreas da vida da pessoa positivamente.
Dessa forma, o médico realiza um tratamento clínico e também engloba outras áreas, trazendo uma reabilitação de forma mais completa para o paciente.
Escolhendo um médico da dor
Para saber se o médico escolhido realmente é capacitado para lhe atender e fornecer um bom tratamento, é preciso primeiramente verificar se ele tem registro no Conselho Regional de Medicina. Esse é o primeiro passo na escolha de um médico.
Após isso, verifique então se o médico tem cursos e especializações na área de medicina da dor. Essa é uma especialidade médica e por isso, o profissional precisa ser habilitado para atuar nessa área.
Se precisar saber mais sobre a medicina da dor e tirar dúvidas, visite o site da AMB, que é a Associação Médica Brasileira. Lá você encontra informações e outros dados importantes, que podem ajudar você a conhecer mais sobre essa especialidade médica.
Preço
Consultas, tratamentos e exames apenas devem ser orçados com o médico.
Apenas ele é capaz de realmente saber qual o seu diagnóstico e ver quais suas necessidades de tratamento.
Sendo assim, é preciso que cada caso seja analisado independentemente, para que se possa saber então os valores. Jamais leve em consideração as experiências de outras pessoas em relação a valores, já que cada paciente precisa ser analisado de forma individual.
Como o médico realiza o diagnóstico da enxaqueca?
O diagnóstico da enxaqueca é simples. Apresentando os sintomas, ou pelo menos alguns deles, o médico sabe se o paciente tem o problema.
Para identificar as causas, pode ser, no entanto, um pouco mais complexo e demanda observação por parte do próprio paciente.
É recomendado que ele mantenha um diário alimentar e também de atividades diárias, para que se monte um padrão dos dias em que a enxaqueca se manifesta.
Assim, é mais fácil entender como a dor aparece e o que motiva ela a surgir, no seu caso específico.
Quais os tratamentos existentes para a enxaqueca?
O tratamento varia de acordo com a intensidade da dor e de surgimento das crises, portanto, você precisa de ajuda médica para que possa ser realizado um tratamento com qualidade.
O tratamento da enxaqueca em si é realizado de forma medicamentosa, por meio de analgésicos comuns ou de outros específicos, que atuam mais intensamente no sistema nervoso.
Apenas o médico saberá o que é melhor para o seu caso.
Além disso, a mudança de hábitos de vida também pode ajudar muito a evitar os episódios de enxaqueca.
Alimentação saudável, parar de fumar, fazer atividades físicas e dormir bem ajuda muito a controlar o aparecimento da enxaqueca.
Quais as principais recomendações médicas para quem tem enxaqueca?
Os médicos costumam recomendar que as pessoas que sofrem de enxaqueca busquem uma vida saudável, boa alimentação sem o consumo de muitos alimentos embutidos ou pesados.
Além disso, evitar bebidas alcóolicas e o fumo diminui bastante a incidência das dores.
Siga, portanto, todas as orientações médicas para minimizar os sintomas e obter mais qualidade de vida.
Perguntas e respostas
Mesmo com todas as informações disponibilizadas, ainda podem ter ficado algumas dúvidas a respeito da enxaqueca.
Confira então algumas das perguntas mais frequentes.
Crianças podem ter enxaqueca?
Sim, as crianças podem ter enxaqueca e no caso dos pequenos, ela pode aparecer tanto em meninos quanto em meninas na mesma proporção. Durante a puberdade, no entanto, as meninas tendem a continuar com as crises.
A enxaqueca tem cura?
O tratamento tem como foco evitar a ocorrência de novas crises de maneira frequente, bem como minimizar os sintomas e tornar a vida do paciente mais confortável.
A enxaqueca não tem cura, mas pode sim deixar de surgir em algum momento da vida, bem como pode ter apenas uma única ocorrência na vida toda.
Marque sua consulta e venha avaliar seu caso
Viver com enxaqueca é difícil. Manter-se ativo e enfrentar as atividades diárias pode ser muito difícil para quem sofre com esse problema de forma constante.
Sendo assim, não hesite em marcar sua consulta e começar um tratamento. Essa atitude pode te ajudar a recuperar a qualidade de vida e então voltar ao controle dos seus dias.
Dr. Luiz Gustavo
Anestesiologista e Médico da Dor
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Residência médica em anestesiologia pelo Hospital Felício Rocho.
Médico Anestesiologista pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
Pós-graduado em Cuidados ao Paciente com Dor pelo Hospital Sírio-Libanês (São Paulo).
Médico da Dor pela AMB
Aperfeiçoamento em Anestesia para Transplante Hepático no Hospital Paul Brousse em Villejuif (Paris) França.
Anestesista Hospital das Clínicas da UFMG
Anestesista do Grupo de Transplantes do Hospital das Clínicas da UFMG
Preceptor da residência médica em anestesiologia HC-UFMG